terça-feira, 14 de junho de 2011

La Bombonera ficou mais pobre...

Quem viu a despedida de Martín Palermo dos adeptos do “seu” clube, no La Bombonera em Buenos Aires, não pode deixar de pensar na falta que nos fazem por cá semelhantes demonstrações de gratidão, quer dos clubes em relação aos jogadores, quer dos atletas em relação a quem lhes deu a possibilidade de serem quem são….
Martín Palermo nem sequer começou para o futebol no Boca Juniors, mas é lá que, desde 1997 (apenas com um interregno de 4 anos, onde experimentou o futebol espanhol), faz as delícias dos adeptos do clube da capital argentina.
O polémico, e apelidado de “Louco”, ponta-de-lança argentino nunca foi consensual entre os amantes do futebol mas é indiscutível que deixa uma marca e não é por acaso que teve uma despedida como aquela deste fim-de-semana.
Palermo estreou-se no Campeonato Argentino em 1991, com a camisola dos Estudiantes de La Plata. Em 1997 chegou ao Boca Juniors a pedido de um senhor chamado Diego Armando Maradona. No fim do ano de 2000, depois de ter ajudado o Boca a vencer uma Taça Intercontinental frente ao Real de Madrid de Figo e Cmpª (o resultado foi 2-1 e Palermo marcou os dois golos dos argentinos), aventurou-se pela Europa. O Villarreal foi o seu destino. Marcou alguns golos mas uma grave lesão, que o impossibilitou de dar o seu contributo à equipa durante meio ano, acabou por não ajudar à sua afirmação no futebol espanhol. Acabou emprestado ao Bétis de Sevilha e posteriormente ao Aláves. Mas Palermo parecia só se sentir bem na “sua casa” e acabou por regressar a Buenos Aires e ao Boca Juniors em 2004.
Desde essa data até agora não mudou mais de equipa e tornou-se, além do melhor marcador de sempre, num dos maiores símbolos do clube da camisola azul de risca amarela. No Domingo despediu-se, com 37 anos, do La Bombonera e o próximo jogo será o último da sua, já longa, carreira.
Uma carreira marcada por um sem número de episódios insólitos, como o dia em que, ao serviço da Selecção Argentina, falhou 3(!!!) grandes penalidades no mesmo jogo, ou quando marcou um golo de cabeça a 40(!!!) metros da baliza adversária. Lesões também teve algumas e caricatas. A lesão mais grave em Espanha ocorreu quando festejava um golo seu, ao serviço do Villarreal, e um muro lhe caiu em cima da perna. Resultado disso foram longos meses de paragem. E o seu golo nº 100 com a camisola do Boca foi obtido já depois de ter sofrido uma rotura de ligamentos (que lhe valeria mais meio ano sem pisar os relvados) e se ter mantido em campo…
Pode ainda orgulhar-se de ser o mais velho jogador argentino a marcar em fases finais de Mundiais, feito obtido contra a Grécia, no Mundial da África do Sul em 2010, para onde foi chamado pelo seu eterno defensor, Diego Armando Maradona.
Sempre foi um jogador que admirei e que, em diversas ocasiões, tive a esperança do “meu” clube se poder interessar por ele. Nunca aconteceu e agora também já não vai acontecer….
No Domingo, na sua despedida do La Bombonera, o seu presente foi……uma baliza!!!
Martín Palermo a marcar a diferença até na forma como é homenageado…..
Quais as vossas opiniões sobre este avançado argentino? Deixam-nas neste espaço para quem gosta de bola!!!
Saudações Desportivas

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