segunda-feira, 30 de maio de 2011

De 2009 a 2011....nada de novo!!!

Sábado assistimos a uma Final da Liga dos Campeões entre dois dos clubes que mais vezes têm estado nas grandes decisões, nos últimos anos. O Manchester United nas últimas 4 edições da prova esteve 3 vezes presente na Final (embora só tenha ganho uma….) e o Barcelona desde 2006 participou em 3 Finais e conquistou-as todas. Curiosamente, ou talvez não, foi a repetição da Final de 2009, em Roma. E foi mesmo uma repetição???
Na minha opinião, desta vez o desnível entre as duas equipas ainda foi mais acentuado….
Comecemos então pela constituição das equipas em 2009.
O Manchester United alinhou com Van der Sar na baliza; uma defesa de quatro com O’Shea, Ferdinand, Vidic e Evra; Carrick, Anderson e Giggs no meio campo e por fim, Park na ala direita, Rooney na ala esquerda e Cristiano Ronaldo na frente de ataque. O Barcelona teve como guarda-redes Valdés; Puyol, Touré, Piqué e Sylvinho no quarteto defensivo; Busquets, Xavi e Iniesta na linha média e Eto’o, Messi e Henry na frente.
Os catalães jogaram no sistema habitual de Guardiola, um 4.3.3 sem ponta de lança fixo e os ingleses optaram por actuar, também, no mesmo sistema. Conseguiram com isso equilibrar de alguma forma as coisas no meio-campo, embora ao intervalo tenham passado para o tradicional 4.4.2 clássico, tão usual nas equipas de Sir Alex Ferguson.
Nessa final Eto’o marcou para o Barça logo aos 10 minutos mas antes já o Man Utd tinha proporcionado trabalho apertado a Valdés. Leo Messi acabaria por fazer o 2-0, a vinte minutos do fim, num golo de cabeça(!!!) no meio da área adversária. O Barcelona foi um justo vencedor!!!
O que mudou então desde 2009???
O Barcelona está mais forte e o Machester United está mais fraco…
Curiosamente, e embora pareça que não, das equipas de 2009 quem perdeu mais jogadores foi o Barça. Desta vez não jogaram Puyol (por opção), Touré, Sylvinho, Eto’o e Henry (já não estão na Catalunha). Meia equipa diferente. Na defesa só Piqué, além de Valdés, repetiu a titularidade e no ataque só esteve Messi. Sector exactamente igual a 2009 foi o meio-campo com Busquets, Xavi e Iniesta. 
Nos ingleses as diferenças são muito menos. Do onze de 2009 apenas Cristiano Ronaldo já não está em Manchester. Os outros dois que não jogaram desta vez foram O’Shea (que cedeu o lugar a Fábio) e Anderson (foi  Valencia a jogar no seu lugar mas não na sua posição). Apenas 3 alterações……mas Sir Alex Ferguson tinha outra ideia para este jogo e colocou a sua equipa a jogar apenas com 2 médios na zona central (Carrick e Giggs). Foi fatal….o meio-campo pouco móvel (e pouco povoado) do Man Utd foi completamente massacrado pelos catalães. E o resultado foi…..mais uma justa vitória do Barcelona!!!  
Quem conseguirá pôr fim a esta senda vitoriosa do Barça???
Sir Alex Ferguson já se viu que não…..José Mourinho ia conseguindo mas também não teve sucesso…..será André Villas-Boas e o seu FC Porto???
Partilhem as vossas opiniões neste espaço para quem gosta de bola….
Saudações Desportivas

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O adeus ao Pequeno Buda...

Este fim-de-semana despediu-se dos relvados, aos 35 anos, um pequeno-grande jogador. Quando ainda não se ouvia falar de Xavi e Iniesta, os dois motores do Barcelona, já outro pequeno centrocampista  dava cartas em Camp Nou. Era ele Iván de la Peña…..O Pequeno Buda, como ficou conhecido no mundo do futebol.
De la Peña teve um início de carreira fulgurante, dando a entender vir a ter um futuro brilhante. Não foi isso que aconteceu, pois assim que saiu do Barcelona, no fim da época de 1997/1998, nunca mais conseguiu atingir um patamar elevado.
Bem, mas comecemos pelo princípio!!! O médio de baixa estatura (1,73m) chega ao plantel principal do Barcelona na época de 1995/1996, pelas mãos de Johan Cruyff, que já lhe tinha dado a oportunidade de se estrear na época anterior, quando ainda fazia parte da equipa B do conjunto catalão. Logo na primeira temporada faz 30 jogos e marca 7 golos, numa equipa que tinha os históricos Guardiola, Amor e Jose Maria Bakero. Nesse ano chegava também a Barcelona o português Luis Figo. Mas a época terminava sem títulos…
No ano seguinte, Iván de la Peña terá feito a sua melhor temporada de sempre. Com Sir Bobby  Robson no banco, formou com Ronaldo uma aliança de sucesso. Muitos dos golos do brasileiro saíram dos pés do Pequeno Buda. Foi, também, o Barcelona mais português de sempre. Vitor Baía, Fernando Couto e Luis Figo estavam no plantel. E ainda havia…..José Mourinho!! Vence a Taça das Taças e a Taça do Rei. O título de campeão espanhol continuava-lhe a fugir….
Com a chegada do holandês Louis Van Gaal é que as coisas não correm tão bem. Começa a ser menos utilizado, e embora tenha sido finalmente campeão, acaba por sair de Barcelona. E sai para o estrangeiro, coisa pouco usual em futebolistas espanhóis naquela altura (mesmo agora, os de qualidade preferem ficar “em casa”). Dá-se então início ao ocaso de Iván de la Peña…
Época 1998/1999, Lázio de Roma, um plantel valiosíssimo que integrava os portugueses Fernando Couto e Sérgio Conceição, o checo Nedved, Stankovic, Marcelo Salas, Vieri, Mancini, Nesta……tudo isto com Sven-Goran Eriksson como treinador. Mas o Pequeno Buda não se adaptou e pouco jogou. Termina o campeonato italiano em 2º lugar e vence mais uma Taça das Taças. E acaba por sair, por empréstimo, primeiro para o Marselha (onde não se impôs) e depois de volta para o Barcelona (onde desta vez falhou). Seguiu-se mais um ano quase sem jogar, na Lázio e dá-se então o regresso definitivo a Espanha. Desta vez para jogar em Barcelona, mas no outro clube da cidade, o Espanhol.
De 2002 até ao fim da época que agora terminou, Iván de la Peña  foi quase sempre (com excepção das últimas duas temporadas) bastante utilizado e readquiriu o prazer de jogar futebol. Conseguiu ganhar uma Taça do Rei e ser finalista de uma Taça UEFA, o que num clube como o Espanhol se pode considerar muito positivo.
Foi um jogador que muito prometeu e acabou por não atingir os níveis que todos esperavam dele. Lesões, o seu feitio, más escolhas quanto aos clubes onde jogou, poderão ter sido razões para uma carreira abaixo do previsto para este pequeno-grande jogador. Tinha uma qualidade de passe acima da média e uma visão de jogo fantástica.

Partilhem aqui as vossas recordações do Pequeno Buda.
Saudações Desportivas

sexta-feira, 20 de maio de 2011

A Festa da Taça é no Jamor...

A Festa da Taça é hoje o tema do meu post. E mais do que a discussão à volta da qualidade e mérito das equipas que vão disputar a final, o assunto é o local da Festa. Para alguns, o jogo decisivo desta prova devia ser disputado todos os anos em cenários diferentes, mediante os protagonistas  dessa mesma final. Para outros, o Estádio Nacional continua a ser o local de culto para esta prova e não há motivos para alterar essa condição. Eu estou de acordo com os segundos.
Pode ser verdade que o Jamor não tenha todas as condições necessárias para ser o palco da Final da Taça de Portugal. Mas será que os estádios (?) do Paços de Ferreira, da Naval, do Olhanense e por aí fora, têm condições para receberem jogos da I Liga? E alguém se importa com isso? E a relva? Também já ouvi dizer que o relvado do Estádio Nacional não tem qualidade. Mas não é por isso que não temos assistido a bons jogos e não me parece motivo para alterar o local da final, até porque há com toda a certeza relvados bem piores e que servem para jogos também importantes.
Outra das razões apontadas pelos defensores das finais fora do Jamor é o facto do Estádio Nacional não servir sequer para a Selecção Nacional efectuar os seus jogos. OK, até entendo esse argumento quando os jogos da Selecção são na Luz ou em Alvalade. Mas se a equipa das quinas jogasse sempre no Jamor, teríamos os mesmos que agora criticam este facto, a criticar porque a Selecção Portuguesa só jogava em Lisboa e os portugueses de Coimbra, Aveiro, Braga, Faro e resto do país nunca tinham oportunidade de ver jogar Portugal perto de suas casas.
A questão da segurança também é levantada. Mas o que temos nós visto, em termos de segurança, em estádios super-seguros, como o da Luz e o do Dragão? Pedradas, bastonadas, very-lights, petardos, bolas de golfe……será  culpa da falta de segurança no Jamor?
Eu sou um defensor da Final da Taça de Portugal disputada no Estádio Nacional!!!
Aquela atmosfera, o convívio entre todos (quando as pessoas são civilizadas), as sardinhas, as febras, os pára-quedistas, o Hino Nacional. Noutro local tudo perderia o seu encanto…..
E depois há outra coisa que deve mexer com os jogadores. Nem sempre são os clubes grandes a estar na final e se para um jogador do FC Porto, Benfica ou Sporting jogar no Jamor pode não ter grande expressão (e mesmo assim acho que tem sempre), o que dizer dos jogadores do Desp. Chaves, Leixões, Paços de Ferreira e mesmo Vitórias de Setúbal e Guimarães? É um momento que pode não voltar a repetir-se e que deverá ser desfrutado ao máximo. Acham que seria a mesma coisa se a final fosse disputada em Aveiro, Coimbra ou Faro???
As minhas presenças no Jamor resumem-se a quatro. A primeira vez ocorreu em 1982, numa final entre o “meu” Sporting, comandado por Allison, e o Sporting de Braga de Quinito. Lembro-me como se fosse hoje…..eu com uma bandeirita do meu clube, de mão dada com o meu pai a entrar no Estádio Nacional. Foi uma festa e ainda por cima o Sporting goleou por 4-0. Era a equipa de Oliveira, Jordão e Manuel Fernandes que tinha acabado de se sagrar campeã.
Só lá voltaria 5 anos depois para ver um Sporting-Benfica. Desta vez, e novamente com o meu pai, as alegrias já não foram tantas. Convívio e festa antes do jogo mas o meu clube não ganhou e voltei mais triste para casa. Diamantino encarregou-se de fazer 2 golos a um dos meus ídolos de infância, Vitor Damas, e o Benfica ganhou por 2-1. O golo do brasileiro Marlon não serviu de nada.
Para voltar ao Jamor tive que esperar, desta vez, 9 anos. Voltei em 96 e assisti ao pior momento de sempre num estádio de futebol. Era, novamente, um Sporting-Benfica. Desta vez, já bem crescidinho, não fui com o meu pai. Fui…..sozinho!!! Arranjaram-me um bilhete à última da hora e lá fui eu, já atrasado, no comboio para o Estádio Nacional! Só lá estive até ao primeiro golo do Benfica….nesse momento, a uns 15 metros de mim, aconteceu uma tragédia e eu, com medo, resolvi voltar para casa. Uma tragédia que aconteceu no Estádio Nacional mas podia ter acontecido noutro estádio qualquer….
Regressei lá em 2000 para ver um Sporting-FC Porto, na ressaca do campeonato ganho pelos leões. Um jogo fraco, com um empate a uma bola. Golos de Jardel, pelo Porto, e Pedro Barbosa, pelo Sporting. Foi a última vez que assisti, ao vivo, a uma Final da Taça de Portugal.
Mas espero voltar lá, numa próxima presença do meu clube, naquele que eu considero o palco certo para A Festa da Taça!!!

E vocês??? Que recordações têm do Jamor e que opinião têm sobre o local onde deve ser disputada a Final?
Partilhem-nas neste espaço, para quem gosta de bola!!!!

Saudações Desportivas

segunda-feira, 16 de maio de 2011

36 pontos!!! Esquecer ou lembrar???

Agora que a época do Sporting terminou, que tipo de ilações podemos retirar dela? Deverá ser esquecida ou lembrada?  36 pontos para o primeiro lugar, 15 para o segundo, o terceiro posto assegurado na última jornada, mau futebol praticado durante toda a temporada……na minha opinião deve ser recordada de forma a que não volte a acontecer.
E quais as razões de uma temporada assim? O plantel era fraco? Sim, mas continuo a achar que com outro tipo de liderança podia fazer muito melhor. Senão vejamos:
Na baliza o Sporting teve o melhor guarda-redes português (por muito que isto custe, às vezes, até a alguns sportinguistas), Rui Patrício. Não é inferior a Helton e muito menos a Roberto. Tiago normalmente cumpre, quando é chamado, e o alemão Hildebrand, que já foi considerado um dos melhores na Bundesliga, alguma qualidade deverá ter. Não era este o ponto fraco do plantel.
Na defesa, quanto a mim, esteve o calcanhar de Aquiles deste Sporting. Os laterais titulares mostraram qualidade em Braga, mas jogar no Sporting não é a mesma coisa. Tanto João Pereira como Evaldo não atingiram o potencial que lhes é reconhecido. Aqui está um caso de que bons jogadores inseridos numa má estrutura, se podem tornar jogadores banais. Os suplentes foram Abel (e agora o jovem Cédric, nos últimos jogos) e Grimi. Na direita o português continua o mesmo jogador que chegou ao Sporting há 5/6 anos…..não evoluiu nada! Já o argentino…..eu pergunto? Como é que o AC Milan o foi buscar??? Dos jogadores mais fracos que alguma vez vi em Alvalade!!!
Na zona central da defesa está o pior do plantel. Os quatro centrais juntos não fazem um!!! Que me perdoem os acérrimos defensores do actual capitão do Sporting, mas eu acho Daniel Carriço um jogador banalíssimo (devo ser dos poucos….). Joga mal de cabeça, não impõe o físico, com os pés não é grande coisa, tem falhas posicionais incríveis….ok é abnegado e tem muita vontade. Mas isso chega? De Nuno André Coelho e Torsiglieri, o que dizer? Duas novas contratações que me fizeram ter muitas, mas mesmo muitas, saudades de Tonel. Resta o brasileiro Anderson Polga. Continuo a pensar tratar-se do melhor central do plantel. Mas ao dizer isto, penso que está tudo dito…..
Passando ao meio-campo o que temos? André Santos, Valdés e Matias (muito melhor com Couceiro), mostraram que têm qualidade. Zapater não me convenceu mas, e aqui vou chegando ao ponto de que pretendo falar mais à frente, quem gostava de Guarin na altura de Jesualdo Ferreira no FC Porto? É daqueles jogadores que queria ver jogar com outro técnico no banco. Vukcevic tem algum valor mas ainda não o colocou totalmente em prol do colectivo. Outro treinador chegará para resolver a situação? Neste caso ponho bastantes reservas…. Há ainda Diogo Salomão, um extremo-esquerdo que gostei de ver jogar e que penso possa vir a ter sucesso. Para o fim, os “veteranos” Pedro Mendes e Maniche que passaram mais tempo na enfermaria do que dentro dos terrenos de jogo. Há aqui, na minha opinião, mais qualidade do que aquela que foi demonstrada…
Chegamos à zona atacante. Yannick, Saleiro, Postiga e Liedson (até Janeiro). Ah e ainda houve Cristiano para substituir……..o levezinho (não vale rir…). De Liedson há pouco a dizer. O seu valor é indiscutível mas nunca pareceu entender-se com o técnico Paulo Sérgio. E acabou por sair para o Brasil a meio da época. Postiga continua, apesar da sua qualidade, a manter uma relação esquisita com o golo, o que para um avançado não é bom. Saleiro, com 25 anos já não é um miúdo, ainda não “explodiu”. Será que algum dia vai acontecer? Começo a ter dúvidas… E temos Yannick (o menino da casa, como ele diz). O que lhe falta para ser melhor? Na minha opinião falta treino competente…. Quando vejo Djaló a jogar, aquilo em que lhe noto maiores dificuldades é no passe e recepção. E isto treina-se desde os infantis!!! Penso que pode melhorar muito com alguém que saiba trabalhar com ele. Ah e falta Cristiano….bem se calhar é melhor não dizer nada!!!

Agora aquilo de que falava mais atrás. A liderança!! E quem foram os líderes deste Sporting? José Eduardo Bettencourt, Costinha e Paulo Sérgio (Couceiro e Godinho Lopes apareceram mais tarde, já com o barco à deriva). O ex-presidente acumulou erros uns atrás dos outros. O seu discurso foi sempre péssimo e acabou por se demitir ao invés de despedir um treinador que já não tinha mais nada para dar ao clube (se é que alguma vez deu alguma coisa). Costinha não teve, desde o início, vida fácil em Alvalade. Não me pareceu a pessoa indicada para o cargo. Quanto a Paulo Sérgio, só uma frase: Não tem competência para treinar o Sporting Clube de Portugal.
Por isso continuo a dizer que este plantel, embora com défice de qualidade, podia fazer muito mais se tivesse, no banco, um bom técnico. Condição que eu considero essencial para se ter sucesso no futebol. Não são poucos os casos de jogadores banais que com um treinador de categoria se transformam em excelentes jogadores, e o contrário também é real, jogadores que parecem ter perdido qualidades sob o comando de alguns técnicos.
Numa altura em que o novo timoneiro dos leões ainda não está oficializado (embora toda a gente diga que é Domingos Paciência), penso que deve ser nesse posto a grande aposta na próxima época. Mais do que em jogadores (que também são necessários), o sucesso na escolha do treinador (apoiado por uma estrutura forte para o futebol) é fundamental.  


Para bem do futebol português, e em especial para bem do Sporting, o clube não pode continuar a ter épocas como a de 2010/2011 (e já a anterior tinha sido má…).
Partilhem aqui as vossas opiniões sobre uma das piores temporadas do Sporting.
Saudações Desportivas

sexta-feira, 13 de maio de 2011

"O Melhor 11" à Benfica...

Conforme tinha prometido no meu primeiro post, trago hoje ao blog, aquele que eu considero ter sido, “O Melhor 11” que vi jogar com a camisola do Benfica. Confesso que tive algumas dificuldades em certas posições e de certeza deixei de fora jogadores com muita qualidade. Mas, e porque em cada um de nós existe um treinador de bancada, aqui vai o meu onze:
Na baliza podia ter optado pelo malogrado Manuel Bento, um excelente guarda-redes de pequena estatura mas com uma invulgar elasticidade. Foi uma das posições onde tive dúvidas, acabando a minha escolha por recair em Michel Preud’homme. O belga foi um keeper de classe mundial e, infelizmente para os benfiquistas, apanhou o clube numa época difícil, o que não invalidou a que mostrasse toda a sua categoria.
Passando ao quarteto defensivo, começo pelas laterais. Na direita não me lembro de nenhum jogador de encher o olho por isso escolho António Veloso. Um polivalente que capitaneou o Benfica em centenas de jogos. Na esquerda opto pelo actual defesa esquerdo dos encarnados, Fábio Coentrão. Um defesa moderno com uma rotatividade altíssima.
Como centrais, e embora possam ter existido outros de qualidade, não tive dúvidas. Mozer e Ricardo Gomes formaram uma das melhores duplas que vi jogar. Dois brasileiros de selecção, complementavam-se de uma forma quase perfeita. Um mais duro (Mozer), outro mais técnico (Ricardo). Ainda por cima, além de excelentes defesas, marcavam imensos golos.
No meio campo, e escolhendo dois alas e dois médios-centro, teria um checo, um sueco, um brasileiro e um português. No centro dois internacionais de grande qualidade. Jonas Thern, um possante médio sueco (que também marcava golos) e Valdo, um camisola 10 brasileiro, titular da sua selecção, o que só por si já chegaria como cartão de visita. Na ala direita Poborsky, o extremo que Vale e Azevedo foi resgatar ao Manchester United. Na esquerda o pequeno genial, como era chamado na altura Fernando Chalana. Ainda hoje há benfiquistas que o consideram um dos melhores jogadores de sempre do clube.
E chegando ao ataque escolho uma dupla de louros……João Vieira Pinto e Mats Magnusson. JVP foi durante anos capitão e levou muitas vezes (juntamente com Preud’homme) a equipa às costas, numa das fases mais negras do clube. E na memória de todos estará com toda a certeza o hack-trick em Alvalade que levou o título de 1993/1994 para a Luz. Magnusson era um avançado sueco, alto, louro e (para alguns) tosco que marcava golos com fartura.
Como seria o futebol desta equipa???
Façam os vossos “Melhores 11” e partilhem-nos aqui!!!
Saudações Desportivas

terça-feira, 10 de maio de 2011

Uma excepção...merecida!!!

Todas as regras têm excepções. Neste caso, nem se trata de uma regra, mas sendo este um espaço dedicado ao futebol, e escrevendo hoje sobre um assunto extra-bola, pode dizer-se que é uma excepção à regra.
E sobre o que escrevo hoje?? Ciclismo!!! E a que propósito?? A propósito do aniversário da morte do MAIOR ciclista português de todos os tempos…….JOAQUIM AGOSTINHO!!!
Agostinho foi , a par de Vítor Damas, o desportista por quem derramei lágrimas quando soube da sua partida. Era um ídolo em minha casa. Envergou com Esforço, Dedicação e Devoção as cores do meu clube, atingindo inúmeras vezes a Glória. E vê-lo partir, de forma tão estúpida, foi um sentimento de perda enorme.
Ainda hoje tenho na memória a famosa camisola de ciclismo do Sporting, com o patrocínio da Raposeira e os típicos bonés de ciclista que eu também usava...
O Grande Joaquim começou tarde no ciclismo (aos 25 anos), mas a tempo de ter uma carreira de sucesso, a ponto de ser considerado o melhor ciclista português de sempre. Chega ao Sporting em 1968 e vai alternando corridas pelo clube português com corridas por clubes estrangeiros (na maioria franceses).
Vence a Volta a Portugal 3 vezes seguidas (1970, 1971 e 1972), é 2º na Volta a Espanha em 1974 e 3º no Tour de France em 1978 e 1979 (tem mais 2 quintos lugares, um sexto e dois oitavos). Um palmarés brilhante para quem começou tão tarde e, segundo os especialistas, não tinha uma técnica muito apurada, fazendo-se valer da sua força física e enorme espírito de sacrifício e vontade em triunfar. Quem o conheceu fala dele como um exemplo para todos….
É, então, chegado o ano de 1984. Regressa, já com 40 anos, ao Sporting, depois de representar equipas francesas e seria nesse fatídico ano que nos deixaria para sempre. Estávamos no dia 30 de Abril e, quando vestia a camisola amarela  numa Volta ao Algarve, um cão atravessou-se à sua frente a 300 metros da meta. Não conseguiu evitar a queda, que lhe provocaria uma fractura craniana (há quem diga que um simples capacete, que não era obrigatório, poderia ter evitado tudo isto). Com a sua força característica, levantou-se e voltou a montar a bicicleta para acabar a etapa. As fortes dores de cabeça levaram-no até ao Hospital de Loulé onde o seu estado de saúde se agravou drasticamente. Foi evacuado de emergência para Lisboa e, após 10 intervenções cirúrgicas e 10 dias em coma, viria a falecer no dia 10 de Maio.
Hoje é o dia em que passaram 27 anos desde que partiu o MAIOR ciclista português de todos os tempos…….JOAQUIM AGOSTINHO!!!
Partilhem aqui as vossas recordações deste símbolo do desporto nacional.
Saudações Desportivas

domingo, 8 de maio de 2011

Zlatan "só" sabe ser campeão.....

Mais uma época, mais um título!!! Não sei se é um caso único, mas com toda a certeza será um caso muito pouco comum…..
9 títulos de campeão em 10 anos só está ao alcance de grandes futebolistas. Trago aqui, hoje, o jogador que ostenta tão brilhante palmarés….o ponta-de-lança sueco Zlatan Ibrahimovic!!!

Pois é, desde a época de 2001/2002 que só  num ano é que Zlatan não festejou o título de campeão. Ibrahimovic começou a carreira no seu país natal, no MalmoFF, em 1996. Em 1999 surge na equipa profissional do clube, onde só está 2 épocas. O Ajax, histórico clube holandês, pagou 7 milhões de euros para o ter no seu plantel, e logo na sua primeira época na Holanda sagra-se campeão. 2002/2003 foi a temporada do jejum….o PSV foi campeão e o “pobre” do Zlatan não festejou. Mas logo a seguir voltaram as festas…Ajax novamente campeão e o avançado sueco, nesta altura já cobiçado por clubes italianos, iniciava aqui um período em que não sabe o que é ser 2º classificado num campeonato nacional.
Chega, então, a aventura italiana. A primeira experiência surge ao serviço da Juventus. O clube de Turim deixou cerca de 19 milhões de euros nos cofres do Ajax para assegurar o avançado sueco. 2 temporadas com a camisola bianconeri e….2 títulos de campeão. Títulos que viriam, mais tarde, a ser retirados à Juventus em virtude do escândalo de corrupção que assolou o futebol italiano, mas que não deixaram de ser, na altura, festejados como tal.
Com a Juventus condenada à segunda divisão italiana, Zlatan foi um dos que optaram por sair. Mas não deixou Itália. O Inter pagou por ele perto de 25 milhões de euros e teve-o consigo durante 3 temporadas. Para não variar, Ibrahimovic sagrou-se tri-campeão ao serviço do clube de Milão.
Chegados à temporada de 2009/2010 assistimos a uma das maiores transferências de sempre, no futebol mundial. O Barcelona abriu os cordões à bolsa e a troco de 46 milhões de euros mais o avançado camaronês Samuel Eto´o (avaliado em 20 milhões de euros), assegurou os serviços de Zlatan Ibrahimovic. Uma só época na Catalunha chegou para manter o registo de campeão que acompanha o sueco.
Inadaptado a Espanha, a Barcelona ou ao técnico catalão Guardiola, a verdade é que acabou por sair. Só que jogadores como Zlatan têm sempre grandes clubes interessados e o ponta-de-lança acabaria por ir parar, por empréstimo, ao gigante italiano que lhe faltava representar….o AC Milan. E o que é que acabou por acontecer ontem? Depois de 7  anos sem festejar o título, os rossoneri voltaram a  sagrar-se campeões italianos. Já Ibrahimovic "apenas" continuou na sua senda vitoriosa….
Na próxima época, quem quiser festejar um título já sabe quem deve contratrar……
Partilhem aqui as vossas opiniões sobre este avançado “papa-títulos” .
Saudações Desportivas

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Alkmaar, 05-05-2005...quem se lembra???

Dia 5, do mês 5, do ano 2005. Uma data que, assim isolada, não dirá nada aos adeptos do futebol. Mas se lhe juntar-mos o nome de uma pequena cidade Holandesa, situada a norte de Amesterdão, de nome Alkmaar, já poderá dizer algo….
Pois é, faz hoje, exactamente, 6 anos que o Sporting carimbou a passagem para a final da Liga Europa  (na altura ainda chamada de Taça UEFA), num  jogo épico, que para os sportinguistas se manterá vivo nas suas memórias para toda a vida!!!
E que jogo foi esse? Uma meia-final, contra o AZ Alkmaar, uma equipa pouco conhecida, que tinha eliminado nos quartos-de-final os espanhóis do Villarreal (de Pepe Reina, Sorín, Marcos Senna, Riquelme, Forlán….), e parecia ser uma pêra doce para um Sporting que se apresentava a jogar um futebol de qualidade, com bons resultados e tinha deixado fora da competição o, teoricamente, mais poderoso Newcastle com uma goleada de 4-1 em Alvalade.
Mas já na 1º mão, em Lisboa uma semana antes, se tinha percebido que não ia ser simples. Uma vitória por 2-1 arrancada a ferros, com um grande golo do chileno Maurício Pinilla, não previa  facilidades para o 2º jogo, na Holanda.
E assim foi. Numa noite de chuva, com o terreno pesado, o Sporting alinhou com: Ricardo; Miguel Garcia, Beto, Polga e Rui Jorge; Custódio, Rochemback e Moutinho; Douala, Sá Pinto e Liedson. Do outro lado estavam, curiosamente, 2 futuros portistas (o técnico Co Adriaanse e o extremo marroquino Tarik Sektioui). O 1-0 para o AZ, logo aos 6 minutos, demonstrava que o Sporting iria ter que sofrer para chegar à final. Liedson ainda empatou antes do intervalo, aos 45 mns, mas na 2ª parte os holandeses chegariam ao 2-1 que levava o jogo para prolongamento. 109 minutos de jogo e novo golo dos da casa. A eliminatória estava perdida para o conjunto português até que, no último minuto de jogo……..canto apontado por Rodrigo Tello, o guarda-redes Ricardo junto da área adversária e aparece Miguel Garcia a cabecear para o golo que dava o apuramento do Sporting para a final. Nascia naquele momento “O Herói de Alkmaar”…..

Foi um momento épico!!! Uma festa indescritível!!!
Hoje, em dia de meias-finais da Liga Europa, é interessante ver que estão 5(!!!) jogadores desse plantel do Sporting a disputar o acesso à final de Dublin. 3 no Sporting de Braga (Custódio, Hugo Viana e o Herói de Alkmaar, Miguel Garcia), 1 no Benfica (Carlos Martins) e 1 no FC Porto (Moutinho). No plantel actual do Sporting apenas continuam 2 (Polga e Tiago). Curioso, não???
Partilhem aqui como viram, onde estavam e quais as vossas reacções a este momento inesquecível no futebol do Sporting Clube de Portugal.
Saudações Desportivas

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Ainda acreditam em Jesus???

Ontem ouvi um amigo benfiquista, daqueles de bancada e não de sofá, proferir a seguinte frase:
“Se o Benfica perde uma meia-final com o Braga, nunca mais lá vou…..”.
Não sei se será a opinião generalizada dos adeptos do Benfica mas penso ser um sinal de que não vai haver perdões, por uma eliminação da Liga Europa. Será que Jorge Jesus, se o Benfica perder uma meia-final com o Braga, nunca mais lá vai????

Jorge Jesus é o sétimo treinador do Benfica na era Luis Filipe Vieira, que teve o seu início em 2003. Nenhum esteve tanto tempo como ele, durante este período, no banco do clube encarnado. Mas será que na próxima época será ele o treinador? Os dirigentes já vieram afirmar que vai ficar, mas no futebol todos sabemos que isto nada quer dizer!!! Tudo vai depender do resultado na Liga Europa? Talvez…..
Vejamos o que aconteceu aos anteriores treinadores de Luis Filipe Vieira.
Quando chegou à presidência, em Novembro de 2003, o treinador era o espanhol José Antonio Camacho. No fim da época de 2003/2004 o Benfica vence a Taça de Portugal, numa final com o FC Porto de José Mourinho, e termina o Campeonato Nacional em 2º lugar. Camacho acabaria por sair para……o Real Madrid(!!!).
Nova época, novo treinador. Uma aposta forte num técnico de prestígio. Giovanni Trapattoni foi o escolhido para levar o Benfica ao título e alcançou o sucesso. Fim da época e…..sai. Alegadamente por querer voltar a Itália mas acaba por ir treinar o Estugarda, na Alemanha.
O seguinte foi o holandês Ronald Koeman. Fica em 3º no campeonato e o momento alto foi a eliminação do Liverpool (detentor do troféu na altura) na Liga dos Campeões. Foi mais um treinador a sair ao fim de um ano.
A primeira aposta num técnico português foi na época 2006/2007. O eleito  foi Fernando Santos. Benfiquista, mas com passado no FC Porto (onde foi o Eng do penta) e no Sporting, acabou por não ter bons resultados. Acabou em 3º mas continuou para a temporada seguinte. A margem de erro é que não era muita…..
Era tão pouca que à segunda jornada já não era o treinador do Benfica. Luis Filipe Vieira resolveu repetir a aposta em Camacho mas este também não terminaria a época na Luz. Seria Fernando Chalana a levar a equipa até ao fim onde terminou na 4ª posição do campeonato.
Em 2008/2009 voltou a estar um espanhol a orientar o clube da águia. Quique Flores tinha algum estatuto em Espanha e foi um nome acolhido com agrado pelos adeptos. Ganha uma Taça da Liga, termina em 3º e sai. No fim da época há quem entenda que deve ficar mas a decisão já estava tomada.

Chegamos a Jorge Jesus. Chegou, viu e venceu. Idolatrado pelos adeptos, adorado pelos jogadores. O Benfica joga bem ,enche estádios e acaba campeão. Não há qualquer contestação e Jesus, obviamente, continua para a nova temporada.
A aposta nesta época foi forte. Reconquistar o campeonato era o objectivo mas chegou a ouvir-se falar na conquista da Champions(!!!). Mas o estado de graça parece ir desaparecendo. O campeonato já lá vai, a campanha na Champions foi má (salvou-se para a Liga Europa no último minuto, do último jogo), conseguiu perder uma vantagem de 2 golos, na Taça, em casa e para o principal rival….as críticas começaram a aparecer e nem a conquista da Taça da Liga (os  poucos festejos indicam isso mesmo) conseguiu atenuar os efeitos que tinham tidos os resultados anteriores.
Por isso, e voltando à questão central deste post, terá Jorge Jesus condições de continuar se não conseguir vencer a Liga Europa?
Como podemos ver já houve de tudo, campeões que saíram e campeões que ficaram, técnicos que nada ganharam e que saíram e outros que ficaram (mesmo que tenham saído logo no início da época seguinte). Qual será o futuro de Jesus??? E não nos podemos esquecer que, aparentemente, o técnico benfiquista tem outros clubes interessados nele. Quererá ele ficar em caso de insucesso???
Partilhem aqui as vossas opiniões sobre o futuro do treinador do Benfica.
Saudações Desportivas