sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Luc Nilis, o amigo de Ronaldo "Fenómeno"...

Ronaldo Luís Nazário de Lima, o Fenómeno, toda a gente conhece. Foi um dos melhores jogadores de sempre e jogou em alguns dos maiores clubes do mundo.

Barcelona e Real Madrid, em Espanha, AC Milan e Inter, em Itália, Cruzeiro e Corinthians, no Brasil, e PSV Eindhoven, na Holanda, foram as camisolas que vestiu...

Nos grupos de que fez parte estiveram Stoichkov, Guardiola e Figo; Zanetti, Baggio e Seedorf; Raúl, Zidane e Beckham; Maldini, Kaká e Pirlo; Romário, Ronaldinho Gaúcho e Rivaldo. Tudo jogadores de top...

Mas o post que escrevo hoje não é sobre Ronaldo. É sim, sobre aquele que, na opinião do ponta-de-lança brasileiro, foi o jogador com quem mais gostou de jogar. E afinal quem foi esse jogador???

LUC NILIS......é pouco conhecido, não é???

Pois então vejam este vídeo do avançado belga, que partilhou o balneário, durante duas temporadas, com Ronaldo, ao serviço do PSV Eindhoven, e digam de vossa justiça. Era, sem sombra de dúvidas, um jogador fabuloso!!!


Nilis iniciou a sua carreira no modesto clube belga Winterslag, onde esteve até aos 19 anos, altura em que foi contratado pelo Anderlecht, um dos mais fortes clubes do país. Oito épocas em Bruxelas, uma média de 1 golo a cada dois jogos, 4 títulos de Campeão e 3 Taças da Bélgica eram o seu cartão de visita em 1994.

Nesse ano deu-se o encontro entre Nilis e Ronaldo. Foi na Holanda, com as cores do PSV Eindhoven, que adquirira os dois para a sua frente de ataque. Ronaldo marcaria 54 golos em 57 jogos, durante as duas temporadas em que actuaram juntos, mas Nilis não lhe ficava atrás e, em seis anos e 164 jogos, marcou 110 golos.

Na Holanda venceu dois campeonatos e 1 Taça, até se aventurar pelo futebol inglês, onde jogou pouqussimo tempo (apenas 3 jogos) com a camisola do Aston Villa. Um grande golo na estreia prometia mais sucesso mas uma gravíssima lesão, ao terceiro jogo, acabou com a sua carreira.



Luc Nilis foi um daqueles jogadores que se tivesse nascido noutro país teria tido, provavelmente, uma muito maior visibilidade e, hoje, poderia ser lembrado como um dos melhores futebolistas da sua geração...

Partilhem as vossas opiniões sobre este fantástico avançado neste espaço para quem gosta de bola...

Saudações Desportivas

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Clássico (Inter)nacional...

Quando, em Julho de 1979, os sócios decidiram, em Assembleia Geral, que o Benfica poderia, a partir desse momento, contar com jogadores estrangeiros na sua equipa de futebol, não sonhariam sequer que, passados pouco mais de trinta anos, o seu clube jogasse sem um único português no onze!!!

Mas o “problema” não é exclusivo do Benfica...


Até porque, se olharmos para os plantéis dos 3 grandes, aquele onde há menos portugueses é mesmo o do FC Porto...apenas QUATRO!!!

Esta noite teremos um clássico onde, no máximo, poderemos ver 5 jogadores nacionais em acção. Mas isto é na melhor das hipóteses, pois o mais provável é nem chegarmos a esse número...

Dos 4 portugueses do plantel portista, apenas Emídio Rafael não foi convocado para o jogo de hoje. Os outros 3 até poderão ser todos titulares. Rolando (o tal que passeia a bandeira de Cabo Verde nas comemorações mas a quem dá algum jeito ser português...), Moutinho e Varela são os resistentes, num plantel que podia pertencer a um qualquer clube sul-americano...

No lado encarnado, o número de portugueses no plantel é maior (não muito...). São 6 mas apenas 2 foram convocados e somente Rúben Amorim terá alguma hipótese de iniciar o jogo a titular. Eduardo deve estar no banco e os jovens Mika, Miguel Vítor, David Simão e Nélson Oliveira parecem estar no grupo só para preencher as quotas mínimas obrigatórias...

Até onde isto irá chegar?

Eu sei que o Inter foi Campeão Europeu quase sem italianos, que o Arsenal pratica um futebol bonito quase sem ingleses, que em Madrid, Mourinho tem poucos espanhóis para treinar e que esta situação se passa um pouco por toda a parte. Mas preferia que fosse de outra maneira...

E há outra coisa....se calhar até é, apenas, uma coincidência.

Já repararam nos plantéis dos campeões espanhóis, ingleses e italianos, na época passada??? E nem falo nos franceses e alemães, onde a cultura de utilização do “produto” nacional é muto forte e a maioria dos jogadores são locais.

Em Espanha toda a gente sabe que o Barcelona aposta na cantera como ninguém. A base do seu plantel são os futebolistas que vieram das camadas jovens e facilmente conseguiria um 11 só com espanhóis. Valdés, Puyol, Busquets, Piqué, Fàbregas, Xavi, Iniesta, Thiago Alcântara, Villa, Pedro e....Messi (eu sei que não é Espanhol mas está no clube desde criança....).

Em Itália o campeão foi o AC Milan. E também conseguia formar um 11 só com italianos. Abbiati, Antonini, Nesta, Bonera, Zambrota, Gattuso, Pirlo, Ambrosini, Cassano, Inzaghi e Borrielo. Fácil, não?? E ainda sobravam alguns...

Em Inglaterra, Sir Alex Ferguson levou o Manchester United ao 19º título, ultrapassando o Liverpool e tornando-se assim o clube mais titulado. E se na temporada passada o plantel já tinha uma quantidade considerável de ingleses (Ferdinand, Smalling, Brown, Evans, Carrick, Scholes, Owen, Rooney, além dos, também, britânicos Giggs, Fletcher, Gibson e O’Shea), este ano, apesar de algumas saídas, a aposta continua a ser a mesma. Foram contratados Phil Jones e Ashley Young e regressaram a casa Cleverley e Welbeck. Só ingleses!!!

Não gostavam de ver isto nos vossos clubes??? Muitos jogadores nacionais e a conquista de títulos seria a conjugação perfeita...

É verdade que não me importava de ver o meu clube ser campeão só com estrangeiros mas dar-me-ia muito mais gozo poder festejar um título com um 11 deste género:

Patrício, Cédric, Carriço, Miguel Veloso, Caneira, André Santos, Carlos Martins, Hugo Viana, Quaresma, Ronaldo e Nani.

Algum dia será possível???

Saudações Desportivas

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Saudades de Falcao? Ou nem por isso...

Nova época futebolística e o FC Porto, apesar das muitas notícias que davam conta da saída de alguns jogadores, só “perdeu” Radamel Falcao. Ok, também saíram Rúben Micael, Mariano González e os guarda-redes Beto e Kieszek, mas desses ninguém se vai lembrar daqui por pouquíssimo tempo...

E de Falcao??? Os adeptos portistas sentirão saudades ou vai acontecer aquilo que, historicamente, costuma suceder no clube do dragão? Ou seja, rapidamente é encontrado um substituto à altura e não se fala mais nisso...


Vejamos, então, qual tem sido a história dos pontas-de-lança do FC Porto...

Nos finais da década de 70, época em que o FC Porto começou a vencer com regularidade, o ponta-de-lança era Fernando Gomes, o bi-bota de ouro. Além de ter sido duas vezes o melhor marcador europeu, Gomes foi 6 vezes o avançado mais concretizador do Campeonato Nacional Português.
No fim da temporada 1988/1989 foi dispensado e terminou a sua carreira ao serviço do Sporting. Nas Antas ficavam, para o substituir, Rui Águas e....Domingos Paciência!!! O FC Porto foi logo Campeão Nacional no ano da saída de Gomes e por isso o “problema” ficou resolvido.


Rui Águas regressou ao Benfica e o FC Porto foi contratar um búlgaro que fez história no clube, Emil Kostadinov. Durante 5 temporadas fez dupla com Domingos na frente de ataque portista e o clube foi campeão por 3 vezes. Águas estava esquecido e de Gomes já nem se falava...

Kostadinov saiu, em 1995, para o Deportivo da Corunha e deixou Domingos “sozinho” mas isso não foi problema. O FC Porto foi novamente campeão e o actual treinador do Sporting sagrou-se o melhor marcador do Campeonato Nacional, com 25 golos. Estava resolvido o assunto...

Em 1996/1997 chegou à invicta um dos maiores goleadores de sempre do futebol português, Mário Jardel. Domingos, que até essa altura era a referência no ataque portista, foi “obrigado” a procurar outras paragens para poder jogar, pois Jardel não dava hipótese a ninguém. Quatro temporadas de dragão ao peito, quatro vezes o melhor marcador do Campeonato Nacional, com 129 golos no total, e três títulos de Campeão fizeram com que ninguém se lembrasse mais de Domingos, Kostadinov e muito menos de Fernando Gomes...

Se havia alguém difícil de substituir (tal como já tinha acontecido com Gomes) era Jardel. O brasileiro foi vendido ao Galatasaray e o FC Porto contratou outro brasileiro. Mas Jardéis não há muitos e Pena não teve vida fácil no Estádio das Antas. Mas, mesmo assim, conseguiu, logo na época de estreia, ser o melhor marcador do Campeonato, com 22 golos. Ainda iniciou a segunda temporada mas, com a chegada de José Mourinho ao clube, deixou de ser opção. Mourinho quis o sul-africano Benni McCarthy.

Pena saiu, McCarthy também (voltaria um ano depois) e os avançados de Mourinho foram Derlei e Postiga, num ano, e Derlei e McCarthy, noutro. O FC Porto nessas temporadas venceu (quase) tudo o que havia para vencer e, assim sendo, não havia tempo para ter saudades de ninguém...

No pós- Mourinho sim, aí houve motivo para lembrar os avançados de outrora. Foi contratado Luis Fabiano mas o internacional brasileiro nunca conseguiu fazer esquecer os mais antigos...foi uma temporada que, apesar de terem ganho a Taça Intercontinental, os adeptos preferem esquecer...

2005/2006 foi quando chegou Lisandro López mas a sua primeira temporada não foi nada de especial e foi utilizado, a maior parte das vezes, como extremo e não como ponta-de-lança. Apesar disso o FC Porto foi campeão...
Foi Jesualdo Ferreira, no ano seguinte, que fez dele um avançado de top e daqueles jogadores de quem, normalmente, se tem saudades quando saem.

Mas não foi o caso. Lisandro saiu e chegou.......Falcao. Mais uma vez o FC Porto resolvia bem o “problema”. O colombiano chegou, viu e venceu....
Embora não tenha sido campeão no ano de estreia, demonstrou qualidade acima da média e os adeptos portistas tiraram da memória Lisandro.

Agora é Kléber quem tenta fazer esquecer Falcao. Mesmo que alguns entendidos pensem que o FC Porto devia ter adquirido um novo ponta-de-lança, não foi essa a decisão de quem manda no clube e a aposta para que o nome de Falcao não volte a ser falado no Dragão, foi mesmo o avançado contratado ao Atlético Mineiro (apesar de ter feito as duas últimas épocas já em Portugal, no Martítimo). E ainda há....o incrível Hulk!!!

O FC Porto já nos habituou a resolver, da melhor forma, as saídas de jogadores importantes.

Será que desta vez também vai ser assim?

Partilhem as vossas opiniões neste espaço...

Saudações Desportivas

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Damas, a baliza será sempre sua...

Todos nós tivemos os nossos ídolos de infância. E eu, não podia deixar de prestar a minha homenagem, a quem foi o responsável por, num determinado período da minha vida, ter querido ser guarda-redes.
Escrevo hoje, um dia depois da passagem do oitavo aniversário do seu desaparecimento, sobre o melhor guarda-redes que eu vi jogar com a camisola do Sporting.........VÍTOR DAMAS.

Já só vi Damas jogar na fase final da sua carreira mas aquilo que vi chegou....

Classe, elegância, arrojo e reflexos fantásticos permitiam-lhe efectuar defesas “impossíveis” e fizeram dele um dos melhores guarda-redes portugueses de todos os tempos.

Damas estreou-se com a camisola do Sporting com 14 anos e chegaria à equipa principal com 19, na temporada 1966/1967. Nas duas primeiras épocas como sénior, viveu na “sombra” de Carvalho (outro dos excelentes guarda-redes leoninos) mas em 1968/1969 agarrou a titularidade e só a largou quando saiu para o futebol espanhol em 1976/1977.
Durante este período ficaram célebres os seus “duelos” com Eusébio, com quem sempre manteve uma relação de excelência. Dum lado o melhor jogador português e do outro o melhor guarda-redes. Para muitos ele era o “Eusébio das balizas”.

Na altura da sua saída havia a convicção, entre os adeptos sportinguistas, que ele iria para o FC Porto. Não foi o que aconteceu. Saiu, isso sim, para Espanha, onde esteve quatro épocas ao serviço do Racing Santander. Numa dessas temporadas foi considerado o melhor estrangeiro a jogar no futebol espanhol.

Regressou a Portugal em 1980/1981 para ser orientado pelo treinador que o queria levar para o FC Porto, José Maria Pedroto. Mas também não seria desta que jogaria no clube da invicta. Pedroto era o técnico do Vitória de Guimarães e durante duas temporadas, Damas foi o seu guarda-redes.

Em 1982/1983 desceu a sul para representar o Portimonense, então treinado por Artur Jorge. Manteve-se mais uma época no clube de Portimão, numa altura em que, já com Manuel José ao comando, o clube tinha bons resultados e se mantinha pela primeira metade da tabela classificativa, chegando, inclusive, a ir à Europa.

E chegou a altura de regressar ao clube do seu coração. No Sporting desde os 14, seria com 37 anos que voltaria a jogar de leão ao peito. E foi com esta idade que eu o vi brilhar e quis ser guarda-redes como ele.....

No seu currículo constam 2 títulos de Campeão Nacional, 3 Taças de Portugal (o que é muito pouco para um jogador da sua categoria....) e.......uma baliza com o seu nome!!! Em Alvalade, no topo sul, terá sempre o seu nome gravado...

Vestiu a camisola do Sporting 743 vezes (feito até hoje nunca alcançado por mais ninguém e que dificilmente virá a ser) e a das quinas por 29 vezes (consta que a sua ida para Espanha o prejudicou bastante a este nível), estando presente num Europeu (1984, já com 37 anos) e num Mundial (1986, quase a chegar aos 40).

Para mim ficarão, para sempre, gravadas na memória as defesas fantásticas que o vi fazer (e relembro que só o vi jogar na sua segunda passagem por Alvalade) e também o dia em que, ainda criança, lhe fui pedir um autógrafo à entrada da mítica porta 10A e ele, com a sua voz grossa, me perguntou o meu nome e escreveu uma dedicatória, num postal com a sua fotografia......

Deixo-vos com um vídeo para poderem relembrar VÍTOR DAMAS....




Saudações Desportivas

terça-feira, 6 de setembro de 2011

A Revolução, segundo Jorge Jesus...

Quando se fala em revolução no plantel para a nova época, o que nos vem à cabeça é a situação do Sporting. 16 "novos" jogadores e 17 saídas é muita mudança.....

Mas se olharmos para o outro lado da segunda circular o panorama é muito semelhante, não dá é tanto nas vistas.....
Vejamos, então, a Revolução, segundo Jorge Jesus... 
Se começarmos pela baliza temos logo três saídas (Roberto, Moreira e Júlio César) para entrarem 3 novos guarda-redes (Artur, Eduardo e o jovem Mika). É indiscutível que o Benfica ficou a ganhar com a troca. Se a Moreira e Júlio César não se podem imputar grandes responsabilidades na falta de resultados da temporada passada, já a Roberto......
E Artur já fez esquecer o espanhol com a qualidade das suas exibições!!

No sector defensivo saíram 5 jogadores e entraram 4. Sidney e Luís Filipe não deixaram saudades, Roderick e Carole vão ganhar experiência noutras paragens e a grande baixa do clube encarnado para esta temporada é, sem dúvida, Fábio Coentrão. Para o substituir foram contratados 2 defesas esquerdos, o certinho Emerson e o veterano espanhol, Campeão do Mundo, Capdevila e ainda ficou César Peixoto....
Na zona central, para fazerem companhia a Luisão e Jardel, chegaram o argentino Garay e o regressado Miguel Vítor. Na direita da defesa, além de Maxi, Jesus terá, em caso de necessidade, o polivalente Rúben Amorim. É uma linha defensiva que perde qualidade no lado esquerdo (embora, ao contrário da época passada, tenha 2 jogadores de valor semelhante), mantém a mesma bitola no lado direito e ganha na zona central com a chegada de Garay (mesmo que as segundas escolhas não sejam muito fiáveis, mas já o ano passado era assim...).

No meio-campo só 3 jogadores que faziam parte do plantel em 2010/2011 continuam para a nova época. Javi García, Aimar e Gaitán são os resistentes. Airton e Felipe Menezes regressaram ao Brasil, Fernández só aguentou 6 meses na Luz e acabou por voltar à Argentina, Sálvio era pretendido mas o Benfica não conseguiu mantê-lo e Carlos Martins perdeu espaço na equipa e saiu para poder jogar. Os que chegaram fazem, quanto a mim, aumentar o talento naquela zona do terreno. À excepção de Sálvio todos os outros eram suplentes e, alguns deles, suplentes dos suplentes. Para colmatar estas 5 saídas, o Benfica fez 5 contratações (Matic, Enzo Peréz, Nolito, Bruno César e Witsel) e mandou regressar um emprestado (David Simão). Matic, Peréz e Simão ainda pouco jogaram. Nolito e Bruno César têm marcado golos com frequência mas a grande aquisição do Benfica é o belga Axel Witsel. Ele joga e faz jogar, marca golos, faz assistências e dá uma importante ajuda a Javi García. Em traços gerais parece, portanto, que o meio-campo benfiquista é mais forte do que o da época passada.

E chegamos ao ataque. Os únicos a transitarem para o novo plantel são os suspeitos do costume, Cardozo e Saviola. Fora das contas de Jesus ficaram Weldon, Kardec, Nuno Gomes, Jara e, claro, Mantorras. De todos, aquele que mais oportunidades teve no passado foi Jara e parece ser uma aposta de futuro pois, apesar de emprestado, foi premiado com a renovação de contrato e aumento da cláusula de rescisão. Apesar de ter gasto mais de 30 milhões de euros no reforço da equipa, para a frente de ataque o Benfica foi poupadinho. Apenas o uruguaio Rodrigo Mora foi contratado e os jovens Rodrigo e Nelson Oliveira mandados regressar de empréstimos. Qualquer deles me parece que vai ser, sempre, segunda escolha, atrás do mal-amado Óscar Cardozo e de Javier Saviola (que também já foi mais adorado do que nos dias de hoje...). Teremos, na minha opinião, um ataque muito semelhante ao da época transacta.

Foram 18 jogadores a abandonar o clube (mais 1 do que no rival Sporting) e 16 novidades no plantel (tantos como em Alvalade...). É ou não uma revolução???

Mas a grande diferença passa, embora Jorge Jesus diga que não, pela forma como a equipa joga com Witsel. No onze titular têm estado os “novos” Artur, Garay, Emerson, Nolito e o belga. E se os quatro primeiros são substituições directas (Artur-Roberto, Garay-Sidney, Emerson-Coentrão e Nolito-Sálvio) já Witsel “obrigou” Jesus a prescindir de Saviola (passando Aimar a jogar perto de Cardozo – tão criticado foi Quique por colocá-lo nessa posição...), trocando um avançado por um médio. Outra solução é prescindir de Pablo Aimar para poder jogar Saviola. Witsel é a chave da equipa e não nos podemos esquecer de.....Artur Moraes. É verdade que o espanhol Nolito anda com o pé quente (ou muito me engano ou brevemente vai desaparecer...) mas o guarda-redes que veio de Braga tem estado em grande!!!

O que pensam do plantel encarnado para 2011/2012?

Falta alguma coisa?

Melhor ou pior que o do ano passado?

Já todas as aquisições vos convenceram?

Partilhem aqui as vossas opiniões...

Saudações Desportivas

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Postiga & Djaló, Lda


Primeiro dia de Setembro e os dois jogadores mais assobiados, nos últimos tempos, pelos adeptos sportinguistas, já não fazem parte do plantel para a temporada 2011/2012 (embora ainda falte confirmação oficial da transferência de Yannick).

Boa ou má decisão dos responsáveis leoninos??? Na minha opinião só pecou pela demora com que foi tomada. Por Yannick, segundo consta, chegou a existir, há uns anos, uma proposta de 15 (!!!) milhões de euros por parte do Villarreal. Já quanto a Postiga ainda não foi há muito tempo que se ouviu falar de propostas russas bem mais vantajosas do que aquela que foi aceite desta vez. O rendimento destes dois jogadores foi sempre (ou quase sempre, para os mais benevolentes) de média/baixa qualidade.

Hélder Postiga, que em 2012 completa 30 anos, já jogou em Inglaterra (Tottenham), França (Saint-Étienne) e Grécia (Panathinaikos) para além de FC Porto e Sporting. O que tiveram em comum as passagens por todos estes clubes??? A escassez de golos marcados!!! O que para um ponta-de-lança (por muito que exista quem defenda que um avançado não serve só para facturar) não é muito bom cartão de visita.

Quem lançou Postiga na equipa principal do FC Porto foi Octávio Machado. Época 2001/2002 e o avançado, apenas com 19 anos, foi utilizado em mais de 30 jogos e apontou 10 golos em todas as competições. Nada mau....
O ano seguinte seria (até agora...) o melhor de Postiga. Mourinho era o treinador e contou com o contributo do internacional português para vencer o Campeonato Nacional, a Taça de Portugal e a Taça UEFA. E Postiga fez 19 golos. Quase 30 golos em apenas 2 temporadas era um número prometedor para um jovem avançado português. O problema é que desde 2003 até hoje Hélder Postiga marcou pouco mais do que isso. Senão vejamos......


Em 2003/2004 é vendido ao Tottenham por 12 milhões de euros. Marca 2 golos.
Em 2004/2005 regressa ao FC Porto por 7,5 milhões de euros mais o passe de Pedro Mendes. Marca 3 golos.
2005/2006 foi a época em que Co Adriaanse, antes de o mandar para a equipa B, tentou fazer dele um Nº10. Não conseguiu e despachou-o para França, emprestado ao Saint-Étienne. Marcou 2 golos.
Jesualdo Ferreira recuperou-o para o “seu” FC Porto, na temporada seguinte, e durante a primeira metade da época apontou 11 golos. Em Janeiro chegou Adriano e ele nunca mais jogou...
Nova temporada, novo empréstimo. Desta vez ao Panathinaikos. Marcou 2 golos.

Até que......o Sporting adquiriu o seu passe (ou metade, como queiram...). E o que aconteceu desde então? Três temporadas de leão ao peito, 60 jogos no Campeonato Nacional e....12 golos!!! Números assustadores para um ponta-de-lança!!! Se contabilizarmos os jogos de todas as outras competições a coisa não melhora muito.....foram só mais 6 golos em 40 e tal partidas. Ainda há alguém contra a sua saída de Alvalade???

Yannick Djaló, o “menino” a quem um dia Boloni teve que pagar uma grade de Coca-Cola por ter marcado um golo num jogo treino, estava no Sporting desde os 15 anos. Foram 10 anos (à excepção da primeira época de sénior em que esteve emprestado ao Casa Pia) com a camisola verde e branca vestida. Na primeira equipa jogou durante 5 temporadas. Mas foi sempre pouco constante nas suas exibições. Conseguia alternar jogos muito bons (poucos) com jogos horríveis (muitos).

Foi Paulo Bento quem lhe deu a oportunidade de se estrear, em 2006/2007, no principal onze de Alvalade. O actual seleccionador já tinha sido seu treinador nos juniores e conhecia-o bem. A primeira época não correu mal e foi utilizado a maior parte das vezes como parceiro de Liedson no ataque.

Mas tal como Postiga, também Yannick foi piorando de rendimento ao longo dos anos. Curiosamente nas três temporadas em que partilharam o balneário leonino, Yannick conseguiu marcar mais golos do que Postiga (13 contra 12 no CN e 19 contra 18 em todas as competições). Pelo Sporting iam passando jogadores, treinadores, presidentes e Yannick continuava a ser uma promessa.....
Se nos primeiros anos ainda havia a desculpa da idade, para os erros primários que cometia, com 25 anos essa ideia já não pega. As dificuldades que tem no passe e recepção são tantas.....

Confesso que sinto alguma tristeza por ver um jogador “nascido” em Alvalade ter que abandonar a sua “casa” para poder jogar futebol, mas a paciência tem limites e Yannick conseguiu, em vez de evoluir como jogador, seguir exactamente o caminho oposto e ser hoje, na minha opinião, pior jogador do que era em 2006/2007.

Como aspectos negativos destas saídas só vejo dois:
-   a cada vez menor presença de portugueses no plantel do Sporting (um mal geral...).
- os adeptos sportinguistas que destinavam os seus assobios a Yannick (logo no aquecimento também é demais...) e Postiga, vão agora escolher novos alvos, com toda a certeza.

Qual a vossa opinião sobre os mal amados de Alvalade?
Teriam condições para estar mais uma temporada a ouvir assobios? Ou conseguiriam alterar este cenário?
Os adeptos sportinguistas arrepender-se-ão da sua saída?
Partilhem as vossas opiniões...

Saudações Desportivas