domingo, 31 de julho de 2011

Apresentação??? Alguns já conhecíamos e bem!!!

Não podia deixar passar em branco a noite de ontem, no Estádio José de Alvalade.....que apresentação!!!!
Já sabemos que quando se perdem estes jogos as declarações dos treinadores, jogadores e dos adeptos mais optimistas são sempre no mesmo sentido....ainda bem que foi agora, estes jogos servem para isto mesmo, estamos a formar uma equipa e por aí fora, são normalmente os argumentos apresentados.

Mas ninguém gosta de perder e ainda por cima em casa, com o estádio cheio, num dia de festa.

Em relação ao onze escolhido por Domingos Paciência para o primeiro jogo em Alvalade, do Sporting 2011/2012, só houve 4 “apresentações”. Os restantes 7 já eram conhecidos e bem conhecidos....

Onyewu, Rinaudo, Schaars e Rubio foram os estreantes. Na segunda parte apareceram as restantes caras novas. Marcelo, Rodriguez, Aguiar, Capel, Carrilo, Van Wolfswinkel e os regressados André Martins e Pereirinha. Dos novos, apenas Turan (chegado no dia anterior) e Bojinov (ainda não percebi porque não joga...) não entraram em campo.

Começando pelos “velhos” conhecidos o que se viu foi que se manteve tudo igual.....
Patrício, embora lhe possam ser apontadas algumas responsabilidades no primeiro golo do Valência, é um bom guarda-redes e não me parece ser aí o ponto fraco da equipa. Já quanto ao sector defensivo não posso dizer o mesmo.....Carriço continua a dar “casas” em todos os jogos. Ainda não consegui perceber o que vêem neste jogador. É lento, joga mal de cabeça, é mau tecnicamente, é fraco fisicamente......o que é preciso mais para o encostar? Evaldo não acerta uma (e pensar que se deram mais de 3 milhões de euros por ele). João Pereira tem qualidade mas ontem, no 3º golo espanhol, teve uma falha que nem um infantil tem. De Polga sou “obrigado” a continuar a dizer que é o melhor defesa central do Sporting (pelo menos para já...).
Izmailov esteve, na noite de ontem, apenas a passear a camisola em campo. O que se passa com o russo? Serão mesmo os problemas físicos? Não é deste Izmailov que o Sporting necessita...Yannick esteve igual a ele próprio. Trapalhão, pouco objectivo e sempre com enormes dificuldades em controlar a bola (já uma imagem de marca....). Com Capel definitivamente integrado o lugar não será seu, certamente. E Postiga??? Não ponho em causa que seja um bom rapaz, que faça “bom balneário”, que seja bom tecnicamente, etc. Mas o que se pede a um ponta-de-lança são GOLOS!!! E isso ele faz muito pouco...
Gostei da dupla de Andrés do meio-campo. André Santos já nos tinha habituado na época passada à sua qualidade. André Martins merece, na minha opinião, ter oportunidades na equipa principal durante esta temporada. E depois ainda jogou Pereirinha. Se for para fazer concorrência a João Pereira como defesa-lateral não me parece mal, mais adiantado já não gosto de o ver jogar.
Tiago, como terceiro guarda-redes, não saiu do banco e Matias Fernández, de quem se espera muito, não pôde dar o seu contributo devido a lesão.

E agora os “novos”....

Não sei se foi do nervosismo da estreia em Alvalade, da forma física em que se encontra, da falta de rotinas ou mesmo da sua qualidade (a mais preocupante das quatro), a verdade é que a noite de Onyewu foi francamente má. Tem que valer muito mais para ser titular do Sporting...
A grande estrela desta pré-temporada vinha a ser o argentino Rinaudo. Ontem, apesar de alguns bons pormenores, não esteve brilhante. Pareceu-me demasiado encostado aos centrais e longe de Schaars. Não sei se serão essas as indicações que terá de Domingos mas penso que deveria jogar uns metros mais à frente. Ah e a jogar assim, com Pedros Proenças, Olegários Benquerenças e companhia, vai ver muitas, mas muitas vezes os cartões coloridos....
O holandês Schaars também passou um pouco ao lado do jogo (afinal quem é que não passou?). É bom tecnicamente, joga a um/dois toques, é tacticamente cumpridor mas não é um 10. E foi essa posição que tentou ocupar na maior parte do tempo. Um trio de meio-campo, junto com um trinco (Rinaudo) e um 10 (Matias), talvez seja a melhor solução para o 8 do Sporting.
Dos avançados Rubio e Wolfswinkel, gostei mais do chileno. Posso estar enganado (e isso até ao Freitas Lobo acontece), mas está ali um excelente ponta-de-lança. Gostava de o ter visto na segunda parte juntamente com o holandês.
Rodriguez mostrou que, se forem estes 4 os centrais para a nova época e se Onyewu não melhorar o seu rendimento, vai ser um dos titulares.
Luis Aguiar esteve discreto, mas a quem foi operado há tão pouco tempo não se pode pedir muito mais.
Marcelo Boeck não teve nada para fazer.
Deixo para o fim Carrillo e Capel, os extremos da equipa. Apesar do pouco tempo que estiveram em campo, gostei dos dois. Fazem falta à equipa do Sporting jogadores que levem a bola pelas linhas e estes dois fazem-no.

O que me parece (como treinador de bancada que sou....) é que a equipa funciona muito melhor em 4-3-3 ou 4-2-3-1 do que no 4-1-3-2 que Domingos está a utilizar mais vezes. E também que, para além da questão do centro da defesa, o que faz realmente falta é um ponta-de-lança que saiba jogar sozinho na frente e que marque GOLOS!!!
Beto Acosta e Mário Jardel foram exemplos disso....


O início foi assim e agora o que esperam todos os sportinguistas é que, quando começar a sério, os erros de ontem (que foram muitos) não se repitam e o clube possa voltar ao trilho dos êxitos.


Saudações Desportivas

domingo, 24 de julho de 2011

Capel, De Franceschi e...os zeros à esquerda!!!



Maio de 2000. O Sporting voltava, ao fim de 18 anos, a sagrar-se Campeão Nacional de futebol e despedia-se do último extremo-esquerdo “à antiga” que teve ao seu serviço...............IVONE DE FRANCESCHI.

Julho de 2011. O Sporting parte para a sua décima tentativa de voltar a ser campeão, desde 2001/2002, e volta a ter um extremo-esquerdo “à antiga” no seu plantel.........DIEGO CAPEL.

Em onze anos, nem por uma só vez o clube de Alvalade teve um jogador com as características quer do italiano, quer do espanhol. Velocidade, pé esquerdo para jogar na esquerda e qualidade nos cruzamentos para a área.

É verdade que a jogar na esquerda do meio-campo/ataque usaram a camisola do leão, durante esse período, jogadores como Pedro Barbosa (nunca foi um extremo), Ricardo Quaresma, Cristiano Ronaldo e Nani (todos extremos, todos com qualidade mas todos destros). E ainda houve as tentativas falhadas (por manifesta falta de qualidade para o papel) de Rodrigo Fabri, Rodrigo Tello, Clayton, Wender e mais recentemente Simon Vukcevic.

Confesso que, desde que sigo atentamente o fenómeno futebolístico, não foram muitos os extremos-esquerdos com qualidade que vi jogar pelo Sporting. Quando comecei a ver futebol, o Sporting jogava com um tridente ofensivo formado por Manuel Fernandes, Rui Jordão e António Oliveira. Nenhum era extremo...
O “concentradíssimo Paulo Futre apareceu de seguida, mas a sua passagem pela equipa principal do Sporting resumiu-se a uma temporada e rapidamente se tornou um ídolo....nas Antas!!!
Com expectativas de vir a ser um “novo” Futre, surgiu Lima. Vinha dos escalões de formação, era canhoto e....eram apenas estas as semelhanças. Nunca vingou com a camisola leonina, apesar de ter estado várias épocas no plantel principal.
Mário Jorge foi outro que chegou a ocupar o lugar. Mas, embora canhoto, as suas características não eram de extremo. Jogou, aliás, bastantes vezes a defesa-lateral.
A meio da década de 80 chegou um verdadeiro extremo-esquerdo ao plantel do Sporting. O brasileiro Silvinho foi o dono do lugar enquanto esteve em Alvalade. Não era um fora-de-série mas jogava lá, no lugar dos extremos, encostado à linha, tendo como principal função o municiamento dos homens-golo.
O senhor que se seguiu veio do grande rival Benfica. Quase dez anos depois de Silvinho, o Sporting voltava a ter um extremo-esquerdo. Pacheco chegou a Alvalade juntamente com Paulo Sousa, no Verão Quente de 1993, e acabou por sair depois de se incompatibilizar com....o Prof. Carlos Queiroz.
Entre Silvinho e Pacheco o clube ainda adquiriu um jogador para essa posição. Aliás, o primeiro jogo dele pelo clube (a que tive o privilégio de assistir, no Estádio do Restelo) foi como extremo-esquerdo. Mas a sua enorme qualidade não permitia que se restringisse ao espaço de um extremo. Este sim, era um fora-de-série. Falo de Krassimir Balakov....
Antes de Ivone De Franceschi, ainda houve o nigeriano Emmanuel Amunike, o pequeno português José Dominguez e o argentino Bruno Gimenez (ou Marioni, como preferirem...). Além destes, também Simão Sabrosa por lá passou, na mesma linha de Quaresma, Ronaldo e Nani....extremo sim, canhoto não...

E chegamos ao italiano...

Jogador de clubes pequenos em Itália (Veneza, Salernitana, Chievo, Bari, Pádova...), só esteve durante uma temporada ao serviço do Sporting, mas ainda hoje é recordado com saudade, por quase todos os sportinguistas. Junto à linha, com o seu jeito meio desengonçado, o seu pé esquerdo foi, muitas vezes ,o melhor amigo de Beto Acosta. Jogador de processos simples, De Franceschi tinha qualidade a fazer o básico que se pede a um extremo....ultrapassar o lateral e colocar a bola no ponta-de-lança. E nisso ele era bom!!! Não ficou mais tempo porque pediram demasiado dinheiro, na opinião do Sporting, pela sua transferência (ele tinha estado emprestado pelo Veneza em 1999/2000) e assim regressou a Itália...

Passados 11 anos, novamente um canhoto para a esquerda...

Lembro-me de ter ouvido, há uns 2/3 anos, da boca de Paulo Futre, quando lhe foi perguntado quem era o jogador em Espanha mais semelhante a ele próprio, o nome de.....Diego Capel. Não sabia quem era...mas claro que fui averiguar!!! Se era semelhante ao “Paulinho”, então era bom!!! E posso afirmar que gostei do que vi. Raçudo, rápido, bom pé esquerdo e facilidade em colocar a bola no coração da área. Ok, não é um Futre, mas é um jogador de qualidade acima da média. Não sei quais as razões para deixar de ser utilizado com regularidade em Sevilha mas parece-me um elemento muito útil a este Sporting. Se tiver o sucesso de De Franceschi, não se poderá queixar...

E será que é desta que o Sporting vai voltar a jogar um futebol aberto nas alas?

E se jogar assim, não será necessário um ponta-de-lança diferente? (bem, mas isso é outra questão...)

Qual o vosso extremo-esquerdo preferido em Alvalade?

Deixem as vossas opiniões e comentários....

Saudações Desportivas

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Capitães da Luz...

Capitãochefe de um grupo, de uma equipa desportiva. É esta a definição que encontramos, num dicionário, para a palavra capitão, aplicada ao contexto desportivo. Hoje, resolvo trazer a este espaço, depois dos Capitães do FC Porto e do Sporting, a história daqueles que envergaram a braçadeira na Luz.

Para a temporada 2011/2012, as dúvidas sobre quem vai usar tão prestigiada insígnia ainda são algumas. Nuno Gomes, o anterior capitão, saiu para Braga. Luisão, ao que consta e tal como em épocas anteriores, quer sair. Maxi Pereira, que usou  a braçadeira em algumas ocasiões na época passada, quer regressar a casa. O que vimos nos jogos já efectuados foi Miguel Vítor (repescado à última hora para o estágio, devido à falta de centrais) e Javi Garcia (que no dia anterior tinha dito que seria um orgulho ser capitão e viu Jorge Jesus fazer-lhe a vontade) serem “os chefes” do grupo. Serão eles os líderes da novo Benfica? Tenho dúvidas....

Mas vejamos a história dos Capitães da Luz....

O primeiro capitão do Benfica de que me lembro, embora já na recta final da sua carreira, é Humberto Coelho. Para muitos, ainda hoje, é considerado o melhor central de sempre dos encarnados e um exemplo do que deve ser um capitão. Esteve 16(!!) anos ao serviço das águias, era um líder e, além do mais, tinha muita qualidade.

Quando deu por encerrada a sua trajectória como jogador, Humberto passou o testemunho a outro símbolo benfiquista. Manuel Bento foi o escolhido. O malogrado guarda-redes esteve 20 temporadas de águia ao peito e ainda hoje é recordado com saudade. Um autêntico capitão, cargo que ocupava também na Selecção Nacional. Durante o período em que capitaneou o Benfica, outro histórico usou, também, a braçadeira (maioritariamante a partir de 1986, ano em que Bento se lesionou gravemente), nos jogos em que Bento não foi opção para os treinadores. Shéu, o médio português de origem moçambicana que vestiu durante 17 anos a camisola do Benfica e que faz actualmente parte da estrutura do futebol, foi, em muitas ocasiões, o primeiro a entrar em campo a liderar a sua equipa.

Com o abandono de Shéu e a perda da titularidade de Bento, o posto de capitão ainda foi de Diamantino durante uma temporada. Mas o médio/extremo da Moita sairia para jogar mais 3 anos no Vitória de Setúbal, tendo sido substituído no cargo por António Veloso. Depois de Humberto (16 anos de Benfica), Shéu (17 anos), Bento (20 anos) e Diamantino (12 anos), era o polivalente defesa o dono da braçadeira. E continuava a ser um jogador que esteve muitos anos (15) ao serviço do clube.

Veloso terminou a sua carreira em 1994/1995 e na temporada seguinte o Benfica teria o primeiro capitão estrangeiro da sua história. O central brasileiro Ricardo Gomes foi quem capitaneou a equipa em 1995/1996. Tinha perfil de líder, qualidade futebolística mas significou uma viragem na história. Nunca mais, a partir daqui (e por muito que João Pinto, Simão e Nuno Gomes tenham dado ao Benfica), houve um símbolo benfiquista a usar a braçadeira de capitão.

O capitão que se seguiu foi João Vieira Pinto. Tinha já quatro anos de Benfica quando foi nomeado para tal. O facto de ter sido o “herói” do campeonato ganho em 93/94 e a sua indiscutível mais valia como futebolista serviram para, mesmo sem grande sucesso desportivo (enquanto capitão), ser visto como o menino bonito da Luz. Mas nem isso lhe valeu......depois de ter assinado um contrato vitalício com o clube, a chegada de Vale e Azevedo à presidência do Benfica levou à sua saída para o Sporting (onde viria a ser, novamente, campeão) e a deixar muitas saudades entre os adeptos benfiquistas (a maioria, pelo menos...).

No período pós-saída de João Pinto a escolha recaiu em Calado. É verdade que já estava há 5 anos no Benfica mas nunca pareceu uma decisão consensual. Os adeptos não o apreciavam muito, começaram a aparecer boatos sobre a  sua vida privada e ele acabou por não aguentar a pressão e abdicar da braçadeira. Passou, então, a ser usada por um recém-chegado à Luz. Fernando Meira, contratado ao Vitória de Guimarães, foi o seu dono até meio da temporada seguinte, altura em que foi vendido para o Estugarda e passou o testemunho a.....Simão Sabrosa. O produto das escolas do Sporting era, a partir daquele momento, o capitão do Sport Lisboa e Benfica.

Simão que acabou por perder, na época de Camacho, uma votação entre os jogadores para escolherem o capitão. O eleito dos colegas foi Hélder, o central que já tinha tido uma primeira passagem pelo Benfica, que regressara, e tinha um perfil para a posição apreciado por todos. O pequeno extremo acabou por conseguir levar a dele avante e manteve-se como “líder” até sair para o Atlético de Madrid.

Com a saída de Simão, a braçadeira passou para Nuno Gomes, mas não foram muitas as vezes em que esteve com ela em campo. A cada vez mais escassa utilização do ponta-de-lança português, obrigou a que fosse Luisão o "chefe do grupo" em campo. Luisão vai iniciar a sua nona época com a camisola do Benfica (será???) e, apesar de estrangeiro, tem, quanto a mim, o perfil que um capitão necessita. É líder dentro e fora de campo, é respeitado pelos companheiros, é experiente, tem muitos anos de casa e é titular da equipa (para mim, sem esta condição não se pode ser um bom capitão). Mas se ele sair quem será o seu substituto???


Quem foi o vosso capitão de eleição?

Luisão é um bom capitão?

E se ele sair, quem é a vossa escolha?

Deixem os vossos comentários e opiniões (que são muito importantes) neste espaço para quem gosta de bola....



Saudações Desportivas

segunda-feira, 11 de julho de 2011

16 equipas, 16 treinadores, 16 portugueses...

A época 2011/2012 está a caminhar a passos largos para o seu início e, ao contrário dos jogadores que, a cada ano que passa, são maioritariamente estrangeiros, os treinadores em quem os clubes confiaram são todos, sim todos.....PORTUGUESES!!!

Desde o Campeão Nacional, que teve que substitutir o anterior técnico, até aos clubes que subiram da II Liga, e que mantiveram os treinadores da época transacta, todos apostaram no “produto nacional”.

Mas há mais curiosidades....dos 16, apenas 3 estão acima dos 45 anos, 5 ainda não chegaram aos 40 e a maioria situa-se, precisamente, entre esta faixa etária dos 40 aos 45.  Estamos, portanto, perante um quadro de treinadores jovens, entre os quais alguns que estávamos habituados, até há relativamente pouco tempo, a ver em plena acção dentro dos relvados....

Comecemos pelos mais novos....

Têm ambos 35 anos e o seu percurso é em tudo semelhante. Ivo Vieira, o treinador do Nacional da Madeira, é, efectivamente, o benjamim desta edição da Liga. Foi “puxado”, a meio da temporada passada, da equipa de juniores do Nacional, para orientar a equipa sénior até ao final da época e vai iniciar agora a sua primeira temporada como técnico principal. Na mesma situação está Bruno Ribeiro. O Vitória de Setúbal optou por mantê-lo para 2011/2012, depois de ter sido “resgatado” aos juniores do clube para terminar a época passada.  São dois daqueles que deixaram os relvados há poucos anos.....


Na casa dos 36 anos temos dois treinadores que não têm muito em comum, a não ser a idade e os elogios vindos da estrutura do FC Porto. Leonardo Jardim é a aposta do Sporting de Braga para fazer melhor que nos últimos anos (o que não é fácil...). Sem passado como futebolista, iniciou a carreira de treinador em 2003/2004, no Camacha e depois de passagens pelo Desportivo de Chaves e Beira-Mar chega ao Minho como um dos mais promissores (os elogios de Pinto da Costa ajudaram muito...). Já Pedro Emanuel, o futuro técnico da Académica, tem um passado cheio de títulos como futebolista mas será a sua primeira experiência como treinador principal de uma equipa sénior. A seguir com atenção...

O quinto que ainda não chegou aos 40 é Rui Bento. Enquanto jogador teve sucesso. Como técnico, e depois de se estrear em 2004/2005 no Académico de Viseu e de passar pelo Barreirense, Penafiel e Boavista (além de uma fugaz estadia nas selecções nacionais mais jovens), foi o eleito pelo Beira-Mar para suceder a Leonardo Jardim. Entrou a meio da temporada passada e vai continuar na nova época.


Os homens dos 40 anos são 2. O, durante muitos anos, adjunto de José Peseiro, Pedro Caixinha, inicia a sua segunda temporada ao serviço da União de Leiria, naquele que é o primeiro clube onde ocupa o cargo de treinador principal. O Marítimo fez aquilo que começa a tornar-se um hábito dos clubes portugueses. “Pegou” em Pedro Martins, que era o técnico da equipa B (noutros casos acontece ser o treinador dos juniores ou o treinador adjunto....) e promoveu-o. Assim, o antigo jogador de Vitória de Guimarães e Sporting, chega ao comando de um primodivisionário a meio da temporada anterior e mantém o posto para 2011/2012.

Rui Vitória no Paços de Ferreira e Paulo Alves no Gil Vicente têm 41 anos e percursos muito diferentes. Rui Vitória não tem passado como jogador, Paulo Alves foi internacional e jogou, entre outros, no Sporting. Rui Vitória iniciou a carreira de treinador no Vilafranquense, passou pelos juniores do Benfica e pelo Fátima, antes de chegar a Paços de Ferreira na época passada (a sua primeira experiência na I Liga). Paulo Alves começou no Gil, em 2005/2006, passou pela União de Leiria, Vizela, Selecção Sub20 e regressou a Barcelos em 2009/2010. Na época passada, conseguiu trazer, novamente, o Gil Vicente até ao convívio com os grandes.


42 anos é a idade de Vítor Pereira e Domingos Paciência, respectivamente os novos técnicos do FC Porto e do Sporting. E mais um vez estamos na presença de duas histórias diferentes enquanto jogadores. Pereira não foi jogador. Domingos foi, além de internacional, uma das figuras do FC Porto. Mas há pontos de contacto entre os dois. Antes de se aventurarem em equipas séniores, ambos fizeram parte da estrutura do FC Porto. Domingos na equipa B (que podemos considerar um misto entre futebol sénior e jovem) e Vítor Pereira nos iniciados. Domingos acabou por se estrear em Leiria em 2006/2007 e chega agora ao Sporting depois de passar por Coimbra e Braga. Pereira estreia-se na I Liga, como técnico principal, depois de ter estado ao serviço da Sanjoanense, Espinho e Santa Clara.

No limite dos 45 temos mais 2. Quim Machado, antigo jogador e agora técnico do recém promovido Feirense, onde chegou na época passada, depois de 2 anos na Oliveirense e 4 no Tirsense. Daúto Faquirá mantém-se, pelo segundo ano, ao comando do Olhanense. Daúto que, curiosamente, sempre se manteve pelo sul do país. Sintrense, Odivelas, Barreirense, Estoril e Estrela foram os seus clubes.

Ainda sem ter chegado aos 50 anos temos um dos mais experientes treinadores do futebol português. Dos 15 anos que leva como técnico principal, 11 foram ao serviço do mesmo clube. Carlos Brito e o Rio Ave já quase se confundem num só....e, aliás, as experiências de Brito fora de Vila do Conde não lhe correram muito bem!!! Iniciou-se em 1996/1997 no Rio Ave e apenas saiu 4 temporadas, Uma no Estrela da Amadora, outra no Boavista, experimentou a Madeira ao serviço do Nacional e finalmente outra no Leixões. Está novamente em “casa” desde 2008/2009.


E chegamos aos mais velhos....

Eles não se dão lá muito bem...e são Manuel Machado (55 anos) e Jorge Jesus (56 anos). Machado inicia a 2ª época consecutiva no Vitória de Guimarães e Jesus parte para a 3ª ao comando do Benfica
O professor de Guimarães começou como técnico principal em 1998/1999 no Fafe, depois de ter estado vários anos nos escalões de formação vitorianos. Moreirense, Nacional da Madeira (em 2 períodos diferentes), Académica e Sporting de Braga foram os clubes por onde passou.
Jesus (o mais velho de todos...) iniciou a sua carreira há mais de 20 anos no Amora. Estávamos na época de 1989/1990. Felgueiras, União da Madeira, Estrela da Amadora, Vitória de Setúbal, Vitória de Guimarães, Moreirense, União de Leiria, Belenenses e Sporting de Braga (ufff....são muitos!!!) fazem parte do percurso do, agora, técnico do Benfica.


E são estes os profissionais que vão orientar as 16 equipas do escalão principal do futebol português.

Mais velhos ou mais novos (a média ronda os 42 anos), mais ou menos experientes, com mais ou menos títulos conquistados, com mais ou menos passado futebolístico, a verdade é que todos eles se expressam (uns melhor que outros....) na língua de Camões.....

Deixem as vossas opiniões neste espaço para quem gosta de bola...

Saudações Desportivas

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Onze anos...onze guarda-redes...

Primeiro foi Nuno Gomes.....agora Moreira.....Jorge Jesus não brinca em serviço!!! As referências são cada vez menos (e não é um problema exclusivo do Benfica....). Bem, mas hoje o tema não são os jogadores com muitos anos de casa, mas sim os guarda-redes. E que guarda-redes? Aproveitando a saída de Moreira e a contratação, à União de Leiria, do jovem Mika, trago a este blog os guarda-redes que Luis Filipe Vieira já levou para o Benfica. E são alguns.....

LFV chegou à Luz em 2001, para exercer o cargo de director para o futebol, e os guarda-redes que faziam parte do plantel eram, o já falecido, Robert Enke, Moreira e Paulo Lopes. Enke era titularíssimo, tinha muita qualidade e saiu, no fim da época, para o Barcelona. Paulo Lopes era, apenas, o terceiro guarda-redes e acabou também por sair. Continuou José Moreira.

A época 2002/2003 trouxe a primeira contratação de LFV para a baliza do Benfica. E trouxe, também, o primeiro flop.....lembram-se de Carlos Bossio? Um argentino que não foi muito feliz na Luz. Além de Moreira, havia Nuno Santos, mas este já pertencia aos quadros do Benfica e foi só um regresso à casa mãe.

Mesmo sem ter mostrado a qualidade suficiente para envergar a camisola das águias, Bossio ganhou o passaporte para a temporada seguinte. Com ele seguiu....José Moreira (tinha sido o titular no ano anterior e continuaria a sê-lo). O terceiro guarda-redes foi a segunda contratação de LFV (agora já como presidente do Sport Lisboa e Benfica). Alguém adivinha? É difícil.....Zach Thornton, diz-vos alguma coisa??? Pois é, o gigante Zach foi o escolhido para completar o lote. E foi mesmo só para isso pois não jogou um único minuto....

O terceiro e quarto guarda-redes foram contratados por LFV na temporada 2004/2005. Na época do título de Trapattoni, os dois “grandes” keepers Bossio e Zach saíram do clube e  chegaram Quim (do Sporting de Braga) e o francês Yannick (em mais um negócio de Vieira com o “seu” Alverca). O que se pode dizer é que à terceira foi de vez.....embora muitos adeptos não apreciassem o seu estilo, a verdade é que Quim foi, na minha opinião, o melhor guarda-redes do Benfica nos últimos 10 anos. E foi campeão 2 vezes!!! Já Yannick, pouco ou nada jogou.....

Mas passemos a 2005/2006. Trapattoni tinha saído e Koeman era o novo treinador. No início não houve contratações. Quim e Moreira vinham do ano anterior e o jovem Rui Nereu completava o trio. Em Dezembro, chegou...... Moretto, o quinto de LFV. Depois de uma “guerra” com o FC Porto, que meteu empurrões e bofetadas no aeroporto, o desejado brasileiro que tinha brilhado ao serviço do Vitória de Setúbal “aterrava” na Luz. Mas foi mais um que não teve grande sucesso....

Os três que Fernando Santos tinha no plantel em 2006/2007 foram exactamente os mesmos....Quim, Moreira e Moretto. Na temporada seguinte, ainda com Fernando Santos (até à 1ª jornada), Moretto saiu, Quim e Moreira mantiveram-se e chegou a sexta contratação de LFV para a baliza. O alemão Hans-Jorg Butt foi o escolhido. Só durou um ano a sua estadia em Portugal....pouco para quem trazia tantas expectativas.

Em 2008/2009 chegou Quique Flores e foi mais uma ano sem contratações para a baliza encarnada. Os suspeitos do costume (Quim e Moreira) continuaram e Moretto regressou depois de empréstimo.

2009/2010 foi o primeiro ano de Jorge Jesus como treinador do Benfica, e foi também o ano da primeira de cinco contratações de guarda-redes em três épocas.....Comecemos por Júlio César. Contratado ao Belenenses, foi o sétimo contratado por LFV. Quim (novamente titularíssimo) e Moreira completavam o grupo.

O senhor 8,5 milhões de euros chegou em 2010/2011. Roberto foi a escolha de Jesus para o lugar que não quis continuar a dar a Quim. Depois de se sagrar campeão pela segunda vez, sendo utilizado em todos os jogos do campeonato, Quim foi “obrigado” a procurar novo clube e acaba por sair para o Sporting de Braga. Moreira e Júlio César continuaram mas ainda houve tempo para mais uma contratação de LFV. Oblak, jovem esloveno, foi o nono guarda-redes adquirido pelo presidente.

E chegamos ao início desta época. José Moreira, ao que tudo indica, vai, depois de 12 anos de águia ao peito, abandonar a Luz. Sobre Roberto e Júlio César os adeptos continuam sem saber se ficam ou saem. O que se sabe é que LFV contratou o décimo e o décimo primeiro guarda-redes da sua estadia no Benfica. Artur, o brasileiro que ganhou a titularidade em Braga depois de Filipe ter saído pra o Brasil, e Mika, o jovem que veio da União de Leiria com muito poucos jogos efectuados, são as apostas para 2011/2012.

Onze guarda-redes adquiridos em onze anos, 3 a quem se pode dar o benefício da dúvida (Oblak, Artur e Mika), 7 flops (Bossio, Zach, Yannick, Moretto, Butt, Júlio César e Roberto) e apenas um (Quim) com sucesso (embora pouco apreciado, quer por Jesus, quer por uma parte significativa da massa adepta).

Na altura em que Moreira chegou ao plantel principal, confesso que pensei estar ali o futuro da baliza do Benfica e da Selecção Nacional. Não sei o que se passou depois mas a verdade é que Trapattoni, Koeman, Fernando Santos, Quique e Jesus nunca confiaram em Moreira e este vê-se na situação de ter que sair para poder jogar.

Será que José Moreira não tem qualidade para ser titular do Benfica?

Gostavam de o ver no vosso clube?


E estes onze guarda-redes? Qual a vossa opinião?


Saudações Desportivas

terça-feira, 5 de julho de 2011

Há novo leão...ou não??

Ao segundo dia de trabalho do plantel do Sporting, chegam mais duas novas aquisições e a promessa de mais duas nos próximos dias. Ao todo já foram contratados 10 novos jogadores, há um que parece assumido por todos (o jovem lateral-esquerdo francês, Turan) e ainda as tais duas promessas....

Chegamos assim ao elevado número de 13 novas caras para a temporada 2011/2012, isto sem contar com os regressos (pelo menos por agora) dos jovens Vítor Golas, João Gonçalves e André Martins.


De saída, entre empréstimos, vendas e rescisões de contrato, há 15 jogadores. Mas já lá vamos....

Comecemos pelos que ficam. São apenas 11.......Patrício e Tiago como guarda-redes; Um quarteto defensivo composto por João Pereira, Daniel Carriço, Anderson Polga e Evaldo; André Santos, Izmailov e Matias Fernandez no meio-campo; Postiga e Yannick Djaló como atacantes. Pouca gente....

Façamos, então agora, uma comparação entre quem sai e quem entra.....

Na baliza, apenas há a registar a saída de Timo Hildebrand, em fim de contrato. Para o seu lugar foi contratado o brasileiro que jogava no Marítimo, Marcelo Boeck. O experiente guarda-redes alemão nunca convenceu ninguém, desde treinadores a adeptos, já Marcelo fez uma temporada de muito bom nível na Madeira. Parece-me uma boa aposta. E não podemos esquecer Vítor Golas...


Na zona defensiva saem 5 e entram 5.....Abel por João Gonçalves, Nuno André Coelho por Onyewu, Torsiglieri por Rodriguez, Grimi por Turan e Cédric por Arias. No geral, nenhum dos que sai deixa saudades. No grupo que chega ao clube há de tudo, jovens de 19 anos (Arias e Turan), regressos depois de empréstimo (Gonçalves) e jogadores experientes (Onyewu e Rodriguez). Acredito que o nível de qualidade subirá alguns patamares, o que até nem será muito difícil atendendo às prestações que tiveram, na temporada passada, NAC, Torsiglieri e Grimi.

No meio-campo há, até agora, 3 aquisições e 1 regresso após empréstimo. A fazer o percurso inverso estão 5 jogadores. O brasileiro Tales quase nem entra nestas contas, mas a verdade é que fez parte do plantel na última época. Além dele estão fora, para 2011/2012, os experientes Pedro Mendes, Maniche e Valdés. E, também, o espanhol Zapater. De todos, aquele que gostava de voltar a ver jogar, numa estrutura mais forte e com um treinador mais competente, era o chileno Jaime Valdés. Continuo com a opinião de que se trata de um jogador com qualidade para jogar no Sporting. Já em relação aos outros, sou da mesma opinião de Domingos......
As novidades são o trinco argentino Rinaudo (o que vi dele, gostei...), o holandês, ex-capitão do Az Alkmaar, Schaars e o já conhecido uruguaio Luis Aguiar. Há também o regresso de André Martins, um médio que esteve emprestado nas últimas duas temporadas e em quem se depositam grandes esperanças.

Quanto ao espaço atacante, as saídas são 4 e as entradas apenas 3, mas, segundo Carlos Freitas, as duas aquisições que faltam são para reforçar esta zona. Salomão (já emprestado ao Corunha), Cristiano (o tal que veio substituir Liedson), Saleiro (ainda sem colocação) e Simon Vukcevic (quer sair, o treinador quer que ele saia e eu também!!!) não contam. Já as caras novas são os muito jovens sul-americanos Diego Rúbio (chileno, 18 anos) e André Carrillo (peruano, 20 anos) e o holandês, não muito mais velho, Ricky van Wolfswinkel  (a mais cara transferência, até ao momento – 5,4 milhões de euros). Três aquisições praticamente desconhecidas de todos os adeptos sportinguistas. Quanto a mim, continua a faltar uma verdadeira referência ofensiva, uma avançado de qualidade inquestionável que assegure 25 golos por época.....e ainda um extremo que possa actuar pelos dois flancos (eu gostava de voltar a ver Ricardo Quaresma de leão ao peito....).

Embora os novos (a maioria...) sejam pouco conhecidos (apesar de quase todos internacionais A pelos seus países), creio que o plantel do Sporting para a época 2011/2012 vai ser mais forte do que o da temporada anterior (o que não parece difícil...). Carlos Freitas, apesar de alguns “barretes” que já “comprou”, parece-me mais competente do que Costinha. E Domingos, isso não tenho dúvidas, tem muito mais capacidades para o lugar do que Paulo Sérgio...


Quais as vossas expectativas para a nova época do leão?

As contratações convencem-vos?

Quem gostariam de ver no novo plantel?


Saudações Desportivas