quarta-feira, 13 de julho de 2011

Capitães da Luz...

Capitãochefe de um grupo, de uma equipa desportiva. É esta a definição que encontramos, num dicionário, para a palavra capitão, aplicada ao contexto desportivo. Hoje, resolvo trazer a este espaço, depois dos Capitães do FC Porto e do Sporting, a história daqueles que envergaram a braçadeira na Luz.

Para a temporada 2011/2012, as dúvidas sobre quem vai usar tão prestigiada insígnia ainda são algumas. Nuno Gomes, o anterior capitão, saiu para Braga. Luisão, ao que consta e tal como em épocas anteriores, quer sair. Maxi Pereira, que usou  a braçadeira em algumas ocasiões na época passada, quer regressar a casa. O que vimos nos jogos já efectuados foi Miguel Vítor (repescado à última hora para o estágio, devido à falta de centrais) e Javi Garcia (que no dia anterior tinha dito que seria um orgulho ser capitão e viu Jorge Jesus fazer-lhe a vontade) serem “os chefes” do grupo. Serão eles os líderes da novo Benfica? Tenho dúvidas....

Mas vejamos a história dos Capitães da Luz....

O primeiro capitão do Benfica de que me lembro, embora já na recta final da sua carreira, é Humberto Coelho. Para muitos, ainda hoje, é considerado o melhor central de sempre dos encarnados e um exemplo do que deve ser um capitão. Esteve 16(!!) anos ao serviço das águias, era um líder e, além do mais, tinha muita qualidade.

Quando deu por encerrada a sua trajectória como jogador, Humberto passou o testemunho a outro símbolo benfiquista. Manuel Bento foi o escolhido. O malogrado guarda-redes esteve 20 temporadas de águia ao peito e ainda hoje é recordado com saudade. Um autêntico capitão, cargo que ocupava também na Selecção Nacional. Durante o período em que capitaneou o Benfica, outro histórico usou, também, a braçadeira (maioritariamante a partir de 1986, ano em que Bento se lesionou gravemente), nos jogos em que Bento não foi opção para os treinadores. Shéu, o médio português de origem moçambicana que vestiu durante 17 anos a camisola do Benfica e que faz actualmente parte da estrutura do futebol, foi, em muitas ocasiões, o primeiro a entrar em campo a liderar a sua equipa.

Com o abandono de Shéu e a perda da titularidade de Bento, o posto de capitão ainda foi de Diamantino durante uma temporada. Mas o médio/extremo da Moita sairia para jogar mais 3 anos no Vitória de Setúbal, tendo sido substituído no cargo por António Veloso. Depois de Humberto (16 anos de Benfica), Shéu (17 anos), Bento (20 anos) e Diamantino (12 anos), era o polivalente defesa o dono da braçadeira. E continuava a ser um jogador que esteve muitos anos (15) ao serviço do clube.

Veloso terminou a sua carreira em 1994/1995 e na temporada seguinte o Benfica teria o primeiro capitão estrangeiro da sua história. O central brasileiro Ricardo Gomes foi quem capitaneou a equipa em 1995/1996. Tinha perfil de líder, qualidade futebolística mas significou uma viragem na história. Nunca mais, a partir daqui (e por muito que João Pinto, Simão e Nuno Gomes tenham dado ao Benfica), houve um símbolo benfiquista a usar a braçadeira de capitão.

O capitão que se seguiu foi João Vieira Pinto. Tinha já quatro anos de Benfica quando foi nomeado para tal. O facto de ter sido o “herói” do campeonato ganho em 93/94 e a sua indiscutível mais valia como futebolista serviram para, mesmo sem grande sucesso desportivo (enquanto capitão), ser visto como o menino bonito da Luz. Mas nem isso lhe valeu......depois de ter assinado um contrato vitalício com o clube, a chegada de Vale e Azevedo à presidência do Benfica levou à sua saída para o Sporting (onde viria a ser, novamente, campeão) e a deixar muitas saudades entre os adeptos benfiquistas (a maioria, pelo menos...).

No período pós-saída de João Pinto a escolha recaiu em Calado. É verdade que já estava há 5 anos no Benfica mas nunca pareceu uma decisão consensual. Os adeptos não o apreciavam muito, começaram a aparecer boatos sobre a  sua vida privada e ele acabou por não aguentar a pressão e abdicar da braçadeira. Passou, então, a ser usada por um recém-chegado à Luz. Fernando Meira, contratado ao Vitória de Guimarães, foi o seu dono até meio da temporada seguinte, altura em que foi vendido para o Estugarda e passou o testemunho a.....Simão Sabrosa. O produto das escolas do Sporting era, a partir daquele momento, o capitão do Sport Lisboa e Benfica.

Simão que acabou por perder, na época de Camacho, uma votação entre os jogadores para escolherem o capitão. O eleito dos colegas foi Hélder, o central que já tinha tido uma primeira passagem pelo Benfica, que regressara, e tinha um perfil para a posição apreciado por todos. O pequeno extremo acabou por conseguir levar a dele avante e manteve-se como “líder” até sair para o Atlético de Madrid.

Com a saída de Simão, a braçadeira passou para Nuno Gomes, mas não foram muitas as vezes em que esteve com ela em campo. A cada vez mais escassa utilização do ponta-de-lança português, obrigou a que fosse Luisão o "chefe do grupo" em campo. Luisão vai iniciar a sua nona época com a camisola do Benfica (será???) e, apesar de estrangeiro, tem, quanto a mim, o perfil que um capitão necessita. É líder dentro e fora de campo, é respeitado pelos companheiros, é experiente, tem muitos anos de casa e é titular da equipa (para mim, sem esta condição não se pode ser um bom capitão). Mas se ele sair quem será o seu substituto???


Quem foi o vosso capitão de eleição?

Luisão é um bom capitão?

E se ele sair, quem é a vossa escolha?

Deixem os vossos comentários e opiniões (que são muito importantes) neste espaço para quem gosta de bola....



Saudações Desportivas

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