terça-feira, 6 de setembro de 2011

A Revolução, segundo Jorge Jesus...

Quando se fala em revolução no plantel para a nova época, o que nos vem à cabeça é a situação do Sporting. 16 "novos" jogadores e 17 saídas é muita mudança.....

Mas se olharmos para o outro lado da segunda circular o panorama é muito semelhante, não dá é tanto nas vistas.....
Vejamos, então, a Revolução, segundo Jorge Jesus... 
Se começarmos pela baliza temos logo três saídas (Roberto, Moreira e Júlio César) para entrarem 3 novos guarda-redes (Artur, Eduardo e o jovem Mika). É indiscutível que o Benfica ficou a ganhar com a troca. Se a Moreira e Júlio César não se podem imputar grandes responsabilidades na falta de resultados da temporada passada, já a Roberto......
E Artur já fez esquecer o espanhol com a qualidade das suas exibições!!

No sector defensivo saíram 5 jogadores e entraram 4. Sidney e Luís Filipe não deixaram saudades, Roderick e Carole vão ganhar experiência noutras paragens e a grande baixa do clube encarnado para esta temporada é, sem dúvida, Fábio Coentrão. Para o substituir foram contratados 2 defesas esquerdos, o certinho Emerson e o veterano espanhol, Campeão do Mundo, Capdevila e ainda ficou César Peixoto....
Na zona central, para fazerem companhia a Luisão e Jardel, chegaram o argentino Garay e o regressado Miguel Vítor. Na direita da defesa, além de Maxi, Jesus terá, em caso de necessidade, o polivalente Rúben Amorim. É uma linha defensiva que perde qualidade no lado esquerdo (embora, ao contrário da época passada, tenha 2 jogadores de valor semelhante), mantém a mesma bitola no lado direito e ganha na zona central com a chegada de Garay (mesmo que as segundas escolhas não sejam muito fiáveis, mas já o ano passado era assim...).

No meio-campo só 3 jogadores que faziam parte do plantel em 2010/2011 continuam para a nova época. Javi García, Aimar e Gaitán são os resistentes. Airton e Felipe Menezes regressaram ao Brasil, Fernández só aguentou 6 meses na Luz e acabou por voltar à Argentina, Sálvio era pretendido mas o Benfica não conseguiu mantê-lo e Carlos Martins perdeu espaço na equipa e saiu para poder jogar. Os que chegaram fazem, quanto a mim, aumentar o talento naquela zona do terreno. À excepção de Sálvio todos os outros eram suplentes e, alguns deles, suplentes dos suplentes. Para colmatar estas 5 saídas, o Benfica fez 5 contratações (Matic, Enzo Peréz, Nolito, Bruno César e Witsel) e mandou regressar um emprestado (David Simão). Matic, Peréz e Simão ainda pouco jogaram. Nolito e Bruno César têm marcado golos com frequência mas a grande aquisição do Benfica é o belga Axel Witsel. Ele joga e faz jogar, marca golos, faz assistências e dá uma importante ajuda a Javi García. Em traços gerais parece, portanto, que o meio-campo benfiquista é mais forte do que o da época passada.

E chegamos ao ataque. Os únicos a transitarem para o novo plantel são os suspeitos do costume, Cardozo e Saviola. Fora das contas de Jesus ficaram Weldon, Kardec, Nuno Gomes, Jara e, claro, Mantorras. De todos, aquele que mais oportunidades teve no passado foi Jara e parece ser uma aposta de futuro pois, apesar de emprestado, foi premiado com a renovação de contrato e aumento da cláusula de rescisão. Apesar de ter gasto mais de 30 milhões de euros no reforço da equipa, para a frente de ataque o Benfica foi poupadinho. Apenas o uruguaio Rodrigo Mora foi contratado e os jovens Rodrigo e Nelson Oliveira mandados regressar de empréstimos. Qualquer deles me parece que vai ser, sempre, segunda escolha, atrás do mal-amado Óscar Cardozo e de Javier Saviola (que também já foi mais adorado do que nos dias de hoje...). Teremos, na minha opinião, um ataque muito semelhante ao da época transacta.

Foram 18 jogadores a abandonar o clube (mais 1 do que no rival Sporting) e 16 novidades no plantel (tantos como em Alvalade...). É ou não uma revolução???

Mas a grande diferença passa, embora Jorge Jesus diga que não, pela forma como a equipa joga com Witsel. No onze titular têm estado os “novos” Artur, Garay, Emerson, Nolito e o belga. E se os quatro primeiros são substituições directas (Artur-Roberto, Garay-Sidney, Emerson-Coentrão e Nolito-Sálvio) já Witsel “obrigou” Jesus a prescindir de Saviola (passando Aimar a jogar perto de Cardozo – tão criticado foi Quique por colocá-lo nessa posição...), trocando um avançado por um médio. Outra solução é prescindir de Pablo Aimar para poder jogar Saviola. Witsel é a chave da equipa e não nos podemos esquecer de.....Artur Moraes. É verdade que o espanhol Nolito anda com o pé quente (ou muito me engano ou brevemente vai desaparecer...) mas o guarda-redes que veio de Braga tem estado em grande!!!

O que pensam do plantel encarnado para 2011/2012?

Falta alguma coisa?

Melhor ou pior que o do ano passado?

Já todas as aquisições vos convenceram?

Partilhem aqui as vossas opiniões...

Saudações Desportivas

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