quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Laudrup, o príncipe dinamarquês...

Raúl e Stoichkov dizem que ele foi o melhor com quem já jogaram. Cruyff e Platini afirmam que foi um dos melhores de todos os tempos. Figo considera-o o mais fantástico que defrontou. Guardiola espanta-se por nunca ter sido considerado o Nº1 do mundo. E para Iniesta é, mesmo, o melhor jogador da história...

Falo-vos de MICHAEL LAUDRUP, o melhor futebolista dinamarquês de todos os tempos e um dos números 10 de eleição, da história do futebol mundial.

Quando Laudrup chegou ao Brondby, em 1982, depois de ter iniciado a sua carreira noutro clube dinamarquês, o KB, marcou logo 2 golos no jogo de estreia. E seria considerado o Jogador do Ano, tendo apontado 15 golos ao longo da primeira temporada. Só estaria mais uma época no clube, acabando por se transferir para a Juventus, de Itália, depois de ter tudo praticamente acertado com o Liverpool.

A sua entrada no gigante italiano não foi fácil, pois na altura, cada clube só podia ter dois jogadores estrangeiros e as vagas em Turim estavam ocupadas por dois “monstros” do futebol europeu, o polaco Boniek e o francês Platini.

Então com 19 anos, Laudrup foi emprestado pela Juventus à Lazio de Roma. Na sua estreia com a camisola da equipa romana marcou, tal como tinha acontecido no Brondby, 2 golos. Mas a Lazio era uma equipa que lutava para não descer, e se na primeira temporada de Laudrup em Roma, ainda conseguiram evitar a despromoção, já na segunda (novamente emprestado pela Juventus) o dinamarquês viu a sua equipa ser relegada para a segunda divisão.

Apesar da descida de divisão da Lazio, Laudrup tinha demonstrado qualidade e a Juventus promoveu o seu regresso para colmatar a saída de Boniek. O primeiro ano em Turim não podia ter corrido de melhor forma. Utilizado de forma regular, foi Campeão Italiano e venceu a Taça Intercontinental. Depois disso ainda esteve mais três temporadas em Turim (onde chegou a ser companheiro do português Rui Barros) mas não alcançou mais nenhum título.

Entretanto havia um treinador fascinado com o perfume do seu futebol. Johan Cruyff não hesitou em levá-lo para Barcelona, em 1989, e começou aí a construção do seu Dream Team. A primeira época foi uma espécie de aquecimento para o que iria acontecer de seguida. Nada foi ganho mas começava a nascer uma das mais fortes equipas do futebol mundial. Entre 90/91 e 93/94, o Barcelona, com Zubizarreta, Bakero, Guardiola e as estrelas maiores, Koeman, Stoichkov, Romário (só na última época) e Laudrup, venceu todas as edições da Liga Espanhola, não dando qualquer hipótese ao seu maior rival, o Real Madrid. E venceu também a Taça dos Campeões Europeus em 1992, batendo a Sampdória por 1-0 na final, em Wembley.

Laudrup chegou a outra final da Taça dos Campeões Europeus com o Barcelona, em 1994, mas Cruyff não lhe deu a oportunidade de a disputar, optando pelos outros três estrangeiros do plantel (Koeman, Stoichkov e Romário), deixando o dinamarquês de fora para satisfação de Fabio Capello, o treinador do AC Milan, que venceu por 4-0 essa final. Capello afirmou no fim da partida que Laudrup era o jogador que mais temia e que tinha sido um erro de Cruyff não o ter colocado a jogar. Laudrup e o técnico holandês, segundo consta, desentenderam e o médio saiu de Barcelona.

Só que não saiu de qualquer forma. Saiu para......o Real Madrid!!!

À chegada a Madrid foi logo Campeão e tornou-se assim o único jogador a vencer 5 (!!) campeonatos espanhóis seguidos, por 2 clubes diferentes. Ajudou também o Real a vencer o Dream Team de Barcelona por 5-0, numa resposta ao que tinha acontecido, ao contrário, no ano anterior. Em Madrid só venceu um título e só esteve 2 épocas, que chegaram para ser considerado, em 2002, num inquérito do jornal A Marca, o 12º melhor jogador da história do clube.

Despediu-se de Madrid e rumou ao Japão, onde, durante 2 anos, representou o Vissel Kobe. Terminou a carreira ao serviço do clube que o quis quando tinha 13 anos mas para o qual o seu pai não o deixou transferir-se...o Ajax. E acabou, com 34 anos, como Campeão Holandês.

Com a sua selecção, esteve presente em todos os Europeus e Mundiais para os quais a Dinamarca foi qualificada, entre 1984 e 1998, com excepção do Europeu 1992 onde, por causa de desentendimentos com o seleccionador da altura, não participou, vendo pela televisão o seu irmão Brian levantar a Taça de Campeão da Europa.


Deixo-vos com um vídeo, para que possam apreciar a qualidade deste dinamarquês de quem Romário diz estar nos 5 melhores de sempre (juntamente com Pelé. Maradona, Zidane e ele próprio...) e Mourinho diz que adoraria tê-lo na sua equipa nos dias de hoje. Apreciem...

Saudações Desportivas

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